Indústria do Ceará tem o melhor resultado do Brasil em janeiro

Indústria do Ceará tem o melhor resultado do Brasil em janeiro

Na comparação com igual mês do ano anterior, o Ceará apresentou um leve avanço (0,1%). Já em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, há uma alta de 6,5%

indústria do Ceará registrou o melhor desempenho do Brasil, com uma expansão de 7,9% na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025. O índice ficou acima do nacional, que obteve variação nula. 

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta terça-feira, 18 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, “este resultado elimina parte da perda de novembro e dezembro, influenciado pelos setores de alimentos, derivados do petróleo e de produtos têxteis”. Nos últimos dois meses de 2024, o Estado acumulou perda de 9,5%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o Ceará apresentou um leve avanço (0,1%). Já em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, há uma alta de 6,5%. 

Confira a produção industrial dos estados em janeiro

  • Ceará (7,9%)
  • São Paulo (2,4%)
  • Rio de Janeiro (2,3%)
  • Bahia (2,0%)
  • Santa Catarina (1,1%)
  • Minas Gerais (0,8%)
  • Paraná (0,7%)
  • Goiás (0,4%)
  • Rio Grande do Sul (-0,3%)
  • Amazonas (-0,6%)
  • Espírito Santo (-2,6%)
  • Mato Grosso (-2,8%)
  • Pará (-3,9%)
  • Pernambuco (-22,3%)

Setores que mais se destacaram no Ceará

Dos 12 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em somente quatro a produção caiu na comparação com janeiro de 2024. A queda mais expressiva foi observada no setor de vestuário (-5,1%), refino e biocombustíveis (-2,31%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,15%).

Já os destaque positivos ficaram com alimentos (4,08%), têxtil (1,76%) e produtos químicos (0,99%). Confira a lista completa:

  • Alimentos (4,08%)
  • Têxtil (1,76%)
  • Produtos Químicos (0,99%)
  • Produtos de Metal (0,65%)
  • Produtos de Couro e Calçados (0,68%)
  • Metalurgia (0,46%)
  • Minerais Não-Metálicos (0,28%)
  • Indústria Geral (0,1%)
  • Bebidas (-0,22%)
  • Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-1,15%)
  • Refino e Biocombustíveis (-2,31%)
  • Vestuário (-5,10%)

Cenário nacional

Oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional avançaram na passagem de dezembro para janeiro, quando a produção nacional registrou variação nula (0,0%).

A expansão mais acentuada foi registrada pelo Ceará (7,9%), seguido por São Paulo (2,4%), principal influência positiva no índice geral. Por outro lado, Pernambuco apresentou a maior queda (-22,3%) e principal influência negativa entre os locais pesquisados.

Para Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, esta variação nula interrompe uma sequência de três meses de queda na indústria nacional, obtendo uma perda acumulada de 1,2% no período.

“Em janeiro, temos concessões de férias coletivas, além de algumas paradas para manutenção de várias plantas industriais em diversos locais, reduzindo o ritmo de produção. Outro fator é com relação à conjuntura macroeconômica, já que temos um aumento dos juros para conter a inflação, diminuindo as linhas de crédito, tanto no lado da oferta, quanto no da demanda.”

A produção industrial do país também cresceu 1,4% na comparação com janeiro do ano passado, com avanço em nove dos 18 locais analisados pela PIM Regional. Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%) registraram as maiores variações.

Os demais locais que cresceram nessa comparação foram Bahia (4,3%), Pará (0,9%), Mato Grosso (0,9%), Paraná (0,7%), São Paulo (0,5%), Goiás (0,2%) e Ceará (0,1%).

Por outro lado, Pernambuco (-15,6%), Rio Grande do Norte (-15,4%) e Maranhão (-11,4%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais elevados nesse mês.

Bernardo Almeida explicou os fatores para a queda acima dos dois dígitos nos três estados da Região Nordeste.

“Em Pernambuco, onde tivemos a maior queda em termos absolutos e de influência, houve queda do setor de derivados do petróleo e na produção de óleos combustíveis. No Rio Grande do Norte, quarta maior influência, também registrou-se recuo no setor de derivados de petróleo, com queda na produção de gasolina automotiva.”

“Por último, no Maranhão, sexto lugar em termos de influência, o recuo deve-se à queda no setor de celulose, papel e produtos de papel, com diminuição na produção de pasta de celulose”, complementa o analista da PIM Regional.

Entrevista com o governador do Ceará, Elmano de Freitas | O POVO News

 

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Indústria

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar