Ceará aumenta abate de frangos, mas estabiliza em ovos e leite

Ceará aumenta abate de frangos, mas estabiliza em ovos e leite

Os dados fazem parte da Estatística da Produção Pecuária da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais divulgada nesta terça-feira, 18

O abate de frangos no Ceará em 2024 aumentou 6,7%, ultrapassando a marca de 38,7 milhões de cabeças. Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o resultado também foi positivo (9.968.557), com uma alta de 9,8% na comparação anual com 2023.

Os dados fazem parte da Estatística da Produção Pecuária da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais e foram divulgados nesta terça-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Entretanto, tanto na aquisição de leite (418.721 mil litros), quanto na produção de ovos (252.720 mil dúzias), o desempenho do Estado em 2024 direcionou para a estabilidade, com variações de −1% e 0,3%, respectivamente.

Vale destacar que, mesmo que o Ceará seja autossuficiente em sua produção de ovos, o preço da mercadoria passou por altas nesse início de ano devido à falta do produto nos Estado Unidos.

Por exemplo, no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que calcula a inflação, o preço do ovo de galinha foi o quarto que mais aumentou na Grande Fortaleza no setor de alimentos e bebidas, com uma alta de 8,85%.

Já, no que concerne o preço do leite, ele registrou uma leve variação de 0,4%, com um acréscimo de apenas um centavo por litro, que em 2023 era R$ 2,27, e em 2024 passou para R$ 2,28

Ceará se destaca com o maior aumento no abate de Suínos

Outras informações apresentadas na pesquisa são os abates de suínos e bovinos. Segundo o divulgado, no primeiro o Ceará se destacou ao obter o maior crescimento no número de animais abatidos, com 16,4%.

Contudo, quando considerado a quantidade de suínos mortos, 195.829, o montante foi o 9º menor do Brasil dentre as 27 unidades de federação (UFs).

Já no segundo, bovinos, o Estado obteve uma alta expressiva de 8,4% no ano, passando de 128.509 para 139.281 cabeças.

Cenário nacional

No Brasil, o abate de bovinos registrou alta de 15,2% em 2024 e chegou a 39,27 milhões de cabeças abatidas, 5,17 milhões de cabeças a mais do que em 2023.

Esse é o maior resultado obtido na série histórica da pesquisa. O recorde anterior havia sido em 2013 (34,41 milhões de cabeças).

Conforme o IBGE, a maior oferta de bovinos está atrelada a um elevado abate de fêmeas, que atingiu um recorde de 16,9 milhões de cabeças, com incremento de 19,0% em comparação a 2023, impulsionado por uma fase de baixa do ciclo pecuário, iniciada em 2022.

O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,55 milhões de toneladas), registradas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), e pela estabilidade no preço médio da arroba entre os anos de 2024 e 2023 (Cepea/Esalq).

Para a gerente da pesquisa, Angela Lordão, em 2024 foram observadas melhorias na economia interna e nas condições de emprego e renda, que “alavancaram a demanda doméstica, contribuindo para o desempenho mais robusto do setor".

“A demanda internacional por carne também cresceu significativamente. O Brasil ocupa as primeiras posições no ranking de países produtores e exportadores de carne, devido ao nosso rigoroso padrão sanitário”, acrescentou a gerente.

Já, em relação aos suínos e frangos, também foram registrados recordes, tanto no número de abates quanto nas exportações, nessa última, tendo em vista os recordes na série histórica da Secex.

No ano, foram abatidos 57,86 milhões de suínos e 6,46 bilhões de frangos. Os aumentos foram de 1,2% e 2,7%, respectivamente, em relação ao ano anterior.

Considerando a ave, inclusive, segundo Angela Lordão, o Brasil é o maior exportador mundial.

“Consumimos cerca de 65% da produção de carne de frango no país e o restante, cerca de 35% da sua produção, é enviado ao mercado externo”, explicou.

Além disso, para a suinocultura, o País “tem aberto e ampliado mercados, [...] reduzindo a dependência no mercado externo das importações pela China”.

“Foi um bom ano para a suinocultura, com melhor margem para o produtor. O preço da carne subiu, e os custos com alimentação foram menores”, pontuou.

Com alta, Brasil registra recordes na produção de ovos e aquisição de leite

Outro recorde registrado no País foi na produção de ovos de galinha, que no ano passado foi de 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10% em relação a 2023.

O total da produção anual é um recorde na série histórica da pesquisa, a única queda anual na produção ocorreu em 1996, considerando a série histórica iniciada em 1987.

Mais da metade das granjas, 1.136 (53,7%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,1% do total de ovos produzidos, enquanto 979 granjas (46,3%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,9% do total de ovos produzidos.

Agora, em relação à aquisição de leite, em 2024, foram 25,38 bilhões de litros, acréscimo de 3,1% sobre a quantidade registrada em 2023.

O ano de 2024 é o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, após passar por dois anos de quedas consecutivas. A aquisição deste ano está em segundo lugar na série histórica, sendo a maior desde o recorde de 25,64 bilhões de litros de leite observados em 2020.

Preço de ovos e café saltam mais de 10% e fevereiro registra maior inflação em 22 anos | O POVO News

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