Modelo do Réveillon 2026 envolve polos e patrocínios, diz Setfor
Desafio, segundo a secretária Denise Carrá, é manter festa na Beira-Mar e nos bairros atrativa aos turistas
Principal festa sob a administração da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), o Réveillon 2026 deve envolver festas nos polos localizados nos bairros da Capital e o patrocínio de empresas para reduzir os gastos do Município, segundo adiantou Denise Carrá, titular da pasta.
Em entrevista exclusiva ao O POVO, a secretária contou que a experiência adquirida no Carnaval 2025 deve ser usada na modelagem da Virada de 2025 para 2026, valorizando os espaços da cidade.
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“É uma conversa que está sendo levada em consideração vários olhares. Um olhar para a população, um olhar para o turista, até construir esse produto. E o formato do Réveillon ele tá sendo pensado nesse formato também descentralizado”, afirmou.

Perguntada se o modelo de festival, com mais de um dia de festa seria continuado, ela disse que ainda precisa ver os dados referentes ao período e analisar se o impacto sobre o setor valeu a pena e defendeu uma conversa com os componentes do trade turístico para, então, decidir.
Mobilidade e distribuição de emprego e renda
O interesse de fazer uma festa em várias partes da cidade, segundo a titular da Setfor, deve-se à identificação, durante o Carnaval 2025, de melhorias na fluidez do trânsito e, consequentemente, na rapidez do deslocamento das pessoas.
Mais uma vantagem identificada com a realização do último Ciclo Carnavalesco é a melhor distribuição de emprego e renda nas diversas partes da cidade. Afinal, o efeito sobre bares, restaurantes e também sobre os profissionais autônomos que atuam nas festas é mais distribuído, uma vez que a festa é tradicionalmente concentrada na Beira-Mar.
“A gente pensa em uma cidade boa para o morador, mas também pensa em que produto é atraente frutista. É por isso que nós estamos conversando também com o trade”, acrescentou.
Patrocínios e parceiros
Carrá considera ainda a parceria com a iniciativa privada uma redução de custos pela Prefeitura ao contratar as atrações da festa. Perguntada se o modelo de áreas VIP, criticado na última virada, será mantido, ela afirmou que é algo a se negociar com os parceiros.
Mas se mostra ciente de que “todos têm interesse no Réveillon de Fortaleza”. Neste ano, por exemplo, será a primeira vez que a estrutura concedida pela Prefeitura nos espigões da Beira-Mar estarão em funcionamento.
A entrega da primeira etapa que prevê restaurantes deve ser entregue até o meio do ano. É mais um ponto, juntamente com os hoteis e restaurantes do bairro, estratégicos na atração de turistas para o fim de ano em Fortaleza.
“Esse produto é atrativo, esse produto é competitivo, é um é uma construção que não é simples. Não é uma tomada de decisão que eu digo: ‘ó, vai ser um dia, vai ser uma semana, vão ser três dias…” Tem a distribuição dessas atrações. É, a gente tem o nosso cartão postal na Orla e de fato a nossa Orla chama muita atenção. Então, esses pontos estão todos sendo levados em consideração para tomada de decisão. E o que for mais interessante para Fortaleza, com certeza, vai ser a nossa decisão”, finalizou.