Modelo do Réveillon 2026 envolve polos e patrocínios, diz Setfor

Desafio, segundo a secretária Denise Carrá, é manter festa na Beira-Mar e nos bairros atrativa aos turistas

19:09 | Mar. 17, 2025

Por: Armando de Oliveira Lima
Festa é tradicionalmente concentrada na Beira-Mar (foto: FCO FONTENELE)

Principal festa sob a administração da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), o Réveillon 2026 deve envolver festas nos polos localizados nos bairros da Capital e o patrocínio de empresas para reduzir os gastos do Município, segundo adiantou Denise Carrá, titular da pasta.

Em entrevista exclusiva ao O POVO, a secretária contou que a experiência adquirida no Carnaval 2025 deve ser usada na modelagem da Virada de 2025 para 2026, valorizando os espaços da cidade.

“É uma conversa que está sendo levada em consideração vários olhares. Um olhar para a população, um olhar para o turista, até construir esse produto. E o formato do Réveillon ele tá sendo pensado nesse formato também descentralizado”, afirmou.

Perguntada se o modelo de festival, com mais de um dia de festa seria continuado, ela disse que ainda precisa ver os dados referentes ao período e analisar se o impacto sobre o setor valeu a pena e defendeu uma conversa com os componentes do trade turístico para, então, decidir.

Mobilidade e distribuição de emprego e renda

O interesse de fazer uma festa em várias partes da cidade, segundo a titular da Setfor, deve-se à identificação, durante o Carnaval 2025, de melhorias na fluidez do trânsito e, consequentemente, na rapidez do deslocamento das pessoas.

Mais uma vantagem identificada com a realização do último Ciclo Carnavalesco é a melhor distribuição de emprego e renda nas diversas partes da cidade. Afinal, o efeito sobre bares, restaurantes e também sobre os profissionais autônomos que atuam nas festas é mais distribuído, uma vez que a festa é tradicionalmente concentrada na Beira-Mar.

“A gente pensa em uma cidade boa para o morador, mas também pensa em que produto é atraente frutista. É por isso que nós estamos conversando também com o trade”, acrescentou.

Patrocínios e parceiros

Carrá considera ainda a parceria com a iniciativa privada uma redução de custos pela Prefeitura ao contratar as atrações da festa. Perguntada se o modelo de áreas VIP, criticado na última virada, será mantido, ela afirmou que é algo a se negociar com os parceiros.

Mas se mostra ciente de que “todos têm interesse no Réveillon de Fortaleza”. Neste ano, por exemplo, será a primeira vez que a estrutura concedida pela Prefeitura nos espigões da Beira-Mar estarão em funcionamento.

A entrega da primeira etapa que prevê restaurantes deve ser entregue até o meio do ano. É mais um ponto, juntamente com os hoteis e restaurantes do bairro, estratégicos na atração de turistas para o fim de ano em Fortaleza.

“Esse produto é atrativo, esse produto é competitivo, é um é uma construção que não é simples. Não é uma tomada de decisão que eu digo: ‘ó, vai ser um dia, vai ser uma semana, vão ser três dias…” Tem a distribuição dessas atrações. É, a gente tem o nosso cartão postal na Orla e de fato a nossa Orla chama muita atenção. Então, esses pontos estão todos sendo levados em consideração para tomada de decisão. E o que for mais interessante para Fortaleza, com certeza, vai ser a nossa decisão”, finalizou.

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