Grande Fortaleza registra a menor inflação do Brasil em fevereiro

Grande Fortaleza registra a menor inflação do Brasil em fevereiro

No mês, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação

Com uma inflação de 1,03%, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza e da sua Região Metropolitana (RM) em fevereiro foi o menor do Brasil, com uma diferença de 0,28 ponto percentual (p.p.) do registrado nacionalmente (1,31%)

Confira o IPCA de fevereiro das 16 cidades incluídas no estudo:

  • Aracaju: 1,64%
  • Campo Grande: 1,62%
  • Curitiba: 1,55%
  • Belém: 1,52%
  • Vitória: 1,51%
  • São Luís: 1,41%
  • Rio de Janeiro: 1,4%
  • Recife: 1,4%
  • Salvador: 1,38%
  • Brasília: 1,38%
  • Belo Horizonte: 1,31%
  • Porto Alegre: 1,29%
  • São Paulo: 1,18%
  • Goiânia: 1,16%
  • Rio Branco : 1,06%
  • Fortaleza: 1,03%

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 12, e se referem às famílias com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, independente da fonte de rendimentos.

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No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram reduções em suas taxas, com destaque para a transportes, cuja deflação foi de 0,86%. As demais baixas foram em: vestuário (-0,54%), despesas pessoais (-0,45%) e comunicação (-0,13%).

O maior responsável pelo recuo dos preços no setor de transportes foram as passagens aéreas que, em fevereiro, tiveram um índice de -18,56%. O produto, inclusive, foi o que mais diminuiu de valor no mês.

Por outro lado, as altas ocorreram em:

  • Educação: 4,79%
  • Habitação: 3,95%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,9%
  • Alimentação e bebidas: 0,71%
  • Artigos de residência: 0,58%

Na educação e habitação, que lideraram as altas do período, as maiores inflações foram observadas nos valores da energia elétrica residencial (15,35%), combustíveis e energia (10,22%), pré-escola (9,41%), curso de idioma (8,03%) e ensino médio (7,12%).

Confira os produtos que ficaram mais caros na Grande Fortaleza em fevereiro:

  • Manga: 25,06%
  • Energia elétrica residencial: 15,35%
  • Tomate: 11,89%
  • Combustíveis e energia: 10,22%
  • Pré-escola: 9,41%

Confira os produtos que ficaram mais baratos na Grande Fortaleza em fevereiro:

  • Passagem aérea: -18,56%
  • Cinema, teatro e concertos: -9,24%
  • Batata-inglesa: -7,72%
  • Hospedagem: -7,4%
  • Maracujá: -6,91%

Outros dados apresentados pela pesquisa são os do acumulado do ano. De acordo com o exposto, nesse recorte o resultado da Capital e da RM também se destacou por ser um dos menores do Brasil (1,1%), ficando acima apenas do observado em Rio Branco (0,75%) e Goiânia (0,72%).

O índice foi menor que o nacional (1,48%), com uma diferença de 0,38 p.p.

No período, foram observadas altas em sete dos nove grupos pesquisados, com destaque para a educação (5,23%) e a alimentação e bebidas (1,97%).

 

Os outros avanços variaram entre 0,94% em saúde e cuidados pessoais e 0,03% em Transportes. Apenas os setores de vestuários e comunicação apresentaram recuo nas taxas de -0,91% e 0,16%, respectivamente.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. Em Fortaleza e na RM, o INPC, em fevereiro, foi de 1,1%. O resultado foi o segundo menor do País.

A inflação no período, mesmo que mais baixa na comparação com as outras cidades, foi puxada, principalmente, pela educação (4,99%) e pela habitação (3,91%). Ocorreram apenas três deflações no mês: transportes (-0,9%), vestuário (-0,58%), despesas pessoais (-0,28%) e comunicação (-0,13%).

Os produtos que mais registraram acréscimos nos preços foram:

  • Energia elétrica residencial: 16,45%
  • Transporte escolar: 12,43%
  • Tomate: 11,89%
  • Combustíveis e energia: 10,32%
  • Pré-escola: 9,41%

Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores da passagem aérea (-18,56%), do cinema, teatro e concertos (-9,24%) e da batata-inglesa (-7,72%).

Cenário nacional

A inflação do País acelerou para 1,31% em fevereiro, após registrar 0,16% no mês anterior. Esta é a maior alta para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%) e a maior taxa desde março de 2022 (1,62%).

A alta foi influenciada especialmente pelo aumento de 16,8% na energia elétrica residencial. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.

De acordo com o IBGE, cerca de 92% dos resultados de fevereiro estão concentrados em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: habitação, educação, alimentação e bebidas e transportes.

No grupo educação (4,7%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).

Na habitação (4,44%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto no índice, ao avançar 16,8% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-14,21%), em função da incorporação do Bônus de Itaipu.

Além disso, ainda no setor, o resultado da taxa de água e esgoto (0,14%) reflete os reajustes nas tarifas de diversas cidades do País.

No grupo alimentação e bebidas (0,7%), a alimentação no domicílio subiu 0,79% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação a janeiro (1,07%).

Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). No lado das quedas destacam-se a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).

A alimentação fora do domicílio (0,47%) também desacelerou em relação ao mês de janeiro (0,67%), com os lanche (0,66%) e refeição (0,29%) mostrando variações inferiores às observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).

No grupo dos transportes (0,61%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos combustíveis (2,89%): óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Apenas o gás veicular (-0,52%) apresentou redução.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Aracaju (1,64%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (19,20%) e da gasolina (3,29%).

Já a menor, ocorreu em Fortaleza (1,03%), por conta do recuo de passagens aéreas (-18,56%) e da gasolina (-3,31%).

Considerando o INPC, o do Brasil registrou uma alta de 1,48% em fevereiro. No ano, o acumulado é de 1,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,17% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a taxa foi de 0,81%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de janeiro (0,99%) para fevereiro (0,75%). A variação dos não alimentícios passou de -0,33% em janeiro para 1,72% em fevereiro.

No que concerne aos resultados regionais, o maior INPC foi observado em Aracaju (1,79%), e o menor em Goiânia (1,01%).

 

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