Valor do café é o que mais aumentou na Grande Fortaleza nos últimos 12 meses
Essa alta não é exclusiva da Grande Fortaleza, no Brasil, neste mesmo recorte, o café também foi o item com a maior alta nos preços
Alvo de críticas, o preço do café em pó na cidade de Fortaleza e na sua Região Metropolitana (RMF) foi o que mais aumentou no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro. No período, o produto registrou uma inflação de 54,6%.
Essa alta não é exclusiva da Grande Fortaleza, no Brasil, neste mesmo recorte, o café também foi o item com a maior alta nos preços, com uma taxa de 60,1%.
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Além disso, segundo o informado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), os valores do café não devem se manter em constante alta pelo menos nos próximos dois ou três meses, quando a safra deste ano começar a ser colhida.
Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que considera a prévia de inflação, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 25.
Eles mostram que, neste intervalo de tempo, o IPCA-15 da região foi de 4,71%, o terceiro menor do Brasil, com uma diferença de 0,25 ponto percentual (p.p.) do registrado nacionalmente (4,96%).
No período, junto ao café, outros itens que se destacaram com o aumento de preço foram o tomate (35,85%), laranja-pera (33,15%) e alho (32,51%). Todos do grupo de alimentação e bebidas (7,04%), que registrou a segunda maior alta dentre os segmentos pesquisados, atrás apenas de educação (7,22%).
Vale destacar que neste recorte não foram observadas deflações em nenhum dos grupos de itens.
Agora considerando apenas fevereiro, a cidade de Fortaleza e a sua RMF chegaram a 1,1% no índice. A taxa foi a terceira menor do Brasil no mês, atrás apenas de Porto Alegre e Goiânia.
A média foi 0,13 p.p. menor do que a observada no Brasil (1,23%). O resultado, entretanto, foi o maior registrado no mês de fevereiro desde 2016 (1,41%). Confira quais foram os índices de fevereiro, em Fortaleza, nos anos últimos dez anos:
- Feveireiro 2025: 1,1%
- Fevereiro 2024: 0,75%
- Fevereiro 2023: 0,8%
- Fevereiro 2022: 0,84%,
- Fevereiro 2021: 0,95%
- Fevereiro 2020: 0,48%
- Fevereiro 2019: 0,55%
- Fevereiro 2018: 0,13%
- Fevereiro 2017: 0,69%
- Fevereiro 2016: 1,41%
Agora no que concerne aos grupos pesquisados no período, quatro registraram baixas: Comunicação (-0,5%), transportes (-0,36%), vestuário (-0,13%) e despesas pessoais (-0,08%).
Por outro lado, os maiores destaques nas altas foram os setores de educação, com 4,98%, devido a alta nos valores da pré-escola (9,41%), curso de idiomas (8,03%), ensino médio (7,12%) e fundamental (6,83%).
E o de habitação, com 4,21%, pois no mês houve acréscimos nos preços da energia elétrica residencial, 16,34%, que inclusive foi o terceiro item que mais encareceu no mês.
Confira abaixo a prévia da inflação de fevereiro de cada grupo na Grande Fortaleza
- Educação: 4,98%
- Habitação: 4,21%
- Artigos de residência: 0,73%
- Alimentação e bebidas: 0,58%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,26%
- Despesas pessoais: -0,08%
- Vestuário: -0,13%
- Transportes: -0,36%
- Comunicação: -0,5%
Agora considerando as baixas, o que obteve evidência dentre os grupos que registraram deflação foram as passagens aéreas, -18,56%, e o cinema e teatro, -11,99%.
Veja os produtos que mais aumentaram de preço na Grande Fortaleza em fevereiro:
- Cenoura: 29,94%
- Cebola: 25,6%
- Energia elétrica residencial: 16,34%
- Tomate: 15,32%
- Manga: 10,62%
Veja os produtos que mais diminuiram de preço na Grande Fortaleza em fevereiro:
- Batata-inglesa: -18,62%
- Passagem aérea: -18,56%
- Maracujá: -13,13%
- Cinema, teatro e concertos: -11,99%
- Mamão: -7,6%
Em relação ao primeiro bimestre do ano, a taxa da Grande Fortaleza também registrou um cenário positivo dentre as outras capitais do País, sendo a quarta menor, com 1,31%. valor 0,03 p.p. abaixo do nacional (3,71%).
Cenário nacional
No Brasil, a prévia da inflação ficou em 1,23% em fevereiro, 1,12 p.p. acima da taxa de janeiro (0,11%). Esta é a maior alta do IPCA-15 desde abril de 2022 (1,73%) e a maior para um mês de fevereiro desde 2016 (1,42%).
As maiores influências vieram dos grupos educação, que registrou alta de 4,78%, e habitação, 4,34%,. As demais variações ficaram entre o -0,08% de Vestuário e o 0,61% de Alimentação e Bebidas.
Em 12 meses, o índice acumula alta de 4,96%, acima dos 4,5% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,78%.
Em educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
Já no grupo habitação, a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,54 p.p.), ao avançar 16,33% em fevereiro.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Recife (1,49%), por conta das altas da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,99%) em razão das quedas das passagens aéreas (-26,67%) e do arroz (-2,67%).
Veja os produtos que mais aumentaram de preço no Brasil em fevereiro
- Pepino: 37,02%
- Abobrinha: 20,54%
- Cenoura: 16,34%
- Energia elétrica residencial: 16,33%
- Café moído: 10,62%
Veja os produtos que mais diminuiram de preço no Brasil em fevereiro
- Abacate: -38,52%
- Passagem aérea: -20,42%
- Limão: -17,35%
- Pimentão: -12,67%
- Maracujá: -11,21%
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