Banco do Nordeste lucra R$ 2,34 bilhões em 2024; Ceará contrata R$ 6 bi no FNE
Na análise de cenários, o Nordeste liderou o crescimento econômico em 2024; e o Ceará contou com melhor desempenho da região
O Banco do Nordeste (BNB) apresentou lucro líquido de R$ 2,34 bilhões em 2024, crescendo 11,6% em comparação a 2023. Deste, R$ 1,32 bilhão foi somente no segundo semestre.
Foram realizadas cerca de 4,7 milhões de operações de crédito, somando R$ 61,2 bilhões. Isso levou a uma alta anual de 9,6% nas operações e de 4,8% no valor contratado.
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O presidente do banco, Paulo Câmara, afirmou olhar para 2024 com a certeza de que resultados expressivos foram atingidos.
“Sempre atentos às necessidades do povo nordestino e alinhados às melhores práticas de governança, transparência e inovação”, detalhou.
FNE
Principal fonte de crédito da organização, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) contratou R$ 44,8 bilhões em 2024, 11,9% disso ocorreu no Ceará.
O Ceará foi o segundo estado no escopo do banco com maior contratação do FNE, no valor de R$ 6,63 bilhões, atrás apenas da Bahia, que ficou com R$ 10,56 bilhões.
No FNE, R$ 19,21 bilhões foram contratados no setor rural, R$ 12,21 bilhões no comércio e serviços, R$ 7,64 bilhões em infraestrutura, R$ 2,75 bilhões na indústria e R$ 1,4 bilhão no turismo.
A instituição destacou que a infraestrutura teve como foco os investimentos em energia solar, no montante de R$ 3,53 bilhões, e saneamento básico, de R$ 1,64 bilhão.
Já as contratações do FNE no Semiárido foram de R$ 5,40 bilhões no Ceará. Em primeiro lugar, ficou a Bahia, com R$ 7,71 bilhões. Em último, Sergipe, com R$ 886,62 milhões.
Crescimento econômico
Na análise de cenários, o Nordeste liderou o crescimento econômico no ano passado, com avanço de 3,6%; e o Ceará contou com melhor desempenho da região, com alta de 5,9%.
“Esse desempenho foi impulsionado pelo aumento de 8,2% no volume de vendas do comércio varejista e pelo avanço de 8,7% na produção da indústria de transformação”, disse.
Tais informações, divulgadas pelo BNB, se baseiam no Índice de Atividade Econômica do Nordeste do Banco Central (BC) entre os primeiros nove meses do último ano.
A evolução nordestina reflete a recuperação dos setores de serviços, comércio e indústria, bem como o incremento do mercado de trabalho, da renda média e dos salários.
Os fatores, assim, impulsionaram o consumo e foram importantes para o bom desempenho da economia da região, na avaliação do Banco do Nordeste.
Crediamigo
O maior programa de microcrédito do Brasil, denominado Crediamigo, expandiu mais sua presença com 67 novas estruturas de relacionamento, em 537 unidades.
Os desembolsos foram de R$ 12,05 bilhões no ano passado, com avanço de 13,27% em relação ao ano anterior, com destaque para inclusão financeira e protagonismo feminino.
Agroamigo
Já o programa Agroamigo bateu recordes no último ano, com R$ 8,61 bilhões em microcrédito, crescendo 51,85% em comparação ao ano anterior.
Corporate
O segmento Corporate, que abrange empresas de grande porte com faturamento superior a R$ 400 milhões ao ano, entre outras, contratou R$ 10,65 bilhões em crédito de longo prazo.
O destaque foi para o incremento do crédito na ferrovia Transnordestina, no valor de R$ 3,61 bilhões para a construção do trecho que ligará o Piauí ao Porto do Pecém, no Ceará.
Nas energias renováveis, oriundas de fontes eólicas ou solares, um dos principais ganchos de atuação cearense, o Estado contou com aplicações de R$ 1,16 bilhão.
Além disso, as aplicações em saneamento básico do Ceará foram as maiores do BNB no último ano, responsáveis por R$ 754,6 milhões.
Os resultados
Maiores margens financeiras das operações de crédito foram citadas como alavancas positivas dos resultados, além do crescimento de receitas de serviços.
A renegociação de dívidas a partir do Programa Desenrola e, consequentemente, a redução na inadimplência das operações de crédito também ajudaram.
Proventos a acionistas
O BNB vai pagar R$ 314,9 milhões em proventos aos acionistas após o lucro líquido do período por meio de juros sobre o capital próprio (JCP) em ações negociadas até 19 de fevereiro.
A importância do microcrédito
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