Setor de serviços do Ceará fica estável em 2024 e tem pior resultado do NE
O Estado foi o oitavo pior do Brasil dentre as 26 Unidades da Federação mais o Distrito Federal
O Ceará apresentou estabilidade no volume de serviços em 2024, na comparação com o ano anterior, com um avanço de 0,9%, com o pior resultado do Nordeste. O desempenho do Estado foi o oitavo pior do Brasil dentre as 26 Unidades da Federação (UFs) mais o Distrito Federal.
O resultado também foi consideravelmente abaixo do nacional, com uma diferença de 2,2 pontos percentuais (p.p.).
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Os dados, que são calculados com ajuste sazonal, ou seja, consideram as variações que ocorrem em determinados períodos do ano, são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao mês de dezembro, o setor de serviços do Estado sofreu sua segunda redução consecutiva, com 1,6%, a taxa foi 1,1 p.p. menor que a do Brasil (-0,5%). Essa tendência de quedas foi observada em mais 16 estados do País.
Já no que concerne ao índice de receita nominal, o do Ceará, em 2024, também foi o oitavo pior. Porém, foi constatado um crescimento de 5,5% na taxa no período, enquanto no comparativo mensal, entre novembro e dezembro, houve um recuo de 0,6%.
Sobre as atividades de divulgação, no ano, apenas uma decresceu, os serviços profissionais, administrativos e complementares, que diminuiu 3,7% no período.
Em contrapartida, as outras quatro apresentaram crescimento, com destaque para os serviços prestados à família, que teve um aumento de 6,1%, e os serviços de informação e comunicação, com 5%.
Confira o desempenho do Estado em cada atividade em 2024:
- Serviços prestados às famílias: 6,1%
- Serviços de informação e comunicação: 5%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,7%
- Outros serviços: 0,1%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: -3,7%
Atividades turísticas no Ceará registram crescimento acima do nacional em 2024
Com um crescimento de 4%, as atividades turísticas do Ceará finalizaram o ano de 2024 com um resultado superior ao do Brasil (3,5%), com uma diferença de 0,5 p.p.
Também houve alta no mês de dezembro, com 2,2%. O montante foi 5,3 p.p. maior do que o de novembro (-3,1%), mas continuou abaixo do nacional (2,8%).
Quanto ao indicador de receita nominal do setor, no ano passado, foi registrado um acréscimo de 10,5%. A taxa foi acima da do País no comparativo anual (9,7%).
Porém, em relação ao mês de dezembro, por mais que no Ceará o índice também tenha aumentado, o percentual foi 1,2 p.p. menor que o do Brasil.
Cenário nacional
O volume de serviços no Brasil recuou 0,5% em dezembro de 2024, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano. Já no acumulado do ano, o setor fechou com alta de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento.
Com o recuo de 0,5% no mês de dezembro, o setor de serviços se encontra 15,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (outubro de 2024).
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca que nunca havia ocorrido na série histórica, iniciada em 2012, quatro anos consecutivos de taxas anuais positivas.
“Isso dá um acumulado de crescimento entre 2021 e 2024 de 27,4%, mas cada ano traz uma história distinta”, afirma.
Em 2024, dentre as atividades de divulgação, quatro mostraram crescimento. Os destaques ficaram com serviços de informação e comunicação (6,2%) e profissionais, administrativos e complementares (6,2%).
No primeiro ramo, o que obteve ênfase foram telecomunicações e serviços de TI, enquanto que no segundo foram os avanços de receita vindos de agenciamento de espaços de publicidade, atividades jurídicas e intermediação de negócios em geral.
Já considerando apenas dezembro, o recuo mensal foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, a principal retração veio de outros serviços (-4,2%), que mostrou a queda mais intensa desde janeiro de 2023 (-11,2%).
Esse resultado, segundo Rodrigo, ocorreu devido a “menor receita vinda dos serviços financeiros auxiliares, com menor receita de administração de cartões, por exemplo, e a parte de manutenção e reparação de veículos”.
Os demais recuos ficaram com profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e informação e comunicação (-0,7%), com o primeiro setor registrando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 3,9%, e o último eliminando praticamente todo o ganho assinalado em novembro (0,9%).
Por outro lado, os serviços prestados às famílias (0,8%) tiveram o avanço mais relevante, acumulando um crescimento de 7,8% entre maio e dezembro de 2024.
Outro ponto apresentado na pesquisa é o desempenho do País nas atividades turísticas. Nesse segmento, o Brasil teve alta de 2,8% em dezembro frente a novembro. Com isso, o setor se encontra 14,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e renova o ápice da sua série histórica.
Regionalmente, 12 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão. O maior crescimento ficou com Pará (9,2%), seguido por São Paulo (4,1%)e Rio Grande do Sul (2,6%).
Em sentido oposto, Santa Catarina (-3,8%) liderou as perdas do turismo, seguido pelo Espírito Santo (-2,7%) e Distrito Federal (-2%).
Já considerando o acumulado de 2024, houve expansão de 3,5%. No contexto regional, onze das 17 UFs mais Distrito Federal também registraram taxas positivas.
Entrevista com o governador do Ceará, Elmano de Freitas | O POVO News
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