Alimentos impulsionam Inflação da Grande Fortaleza em janeiro
Os três itens que mais que mais aumentaram de preço no mês foram a cenoura, a cebola e o tomate
A cidade de Fortaleza e a sua Região Metropolitana (RMF) chegaram a 0,11% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. A alta na taxa foi impulsionada, principalmente, pelo grupo de alimentos e bebidas.
Vale destacar que o aumento nos valores dos alimentos no País está sendo alvo de diversas críticas por parte da população, a pauta inclusive foi apontada pelo presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como prioridade para 2025.
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Entretanto, o índice foi menor que o registrado nacionalmente (0,16%), com uma diferença de 0,5 ponto percentual (p.p.) e representou um decréscimo de 0,54 p.p. em relação a do mês imediatamente anterior (0,65%).
Os dados do IPCA se referem às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, independentemente da fonte, e foram divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente três apresentaram reduções em suas taxas, com destaque para a habitação, cuja deflação foi de 2,94%. As demais reduções foram em: vestuário (-0,36%) e comunicação (-0,02%).
O responsável pela recuo dos preços na habitação foi a energia elétrica residencial, que o índice foi de -11,6
Por outro lado as altas ocorreram em:
- Alimentação e bebidas: 1,25%
- Despesas pessoais: 1,24%
- Transportes: 0,9%
- Educação: 0,41%
- Artigos de residência: 0,09%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,05%
Confira os produtos que ficaram mais caros na Grande Fortaleza em janeiro:
- Cenoura: 49,59%
- Cebola: 31,18%
- Tomate: 29,64%
- Hospedagem: 15,61%
- Café moído: 9,86%
Observa-se que dos cinco itens com as maiores inflações do mês quatro são do grupo de alimentos e bebidas.
Confira os produtos que ficaram mais baratos na Grande Fortaleza em janeiro:
- Batata-inglesa: -13,3%
- Energia elétrica residencial: -11,6%
- Peixe - palombeta: -8,08%
- Maracujá: -5,82%
- Alface: -4,69%
Nas baixas ocorre o mesmo, porém com percentuais consideravelmente menores.
Em relação ao acumulado dos últimos doze meses, a inflação da Grande Fortaleza foi 4,32%, também menor que a nacional (4,56%), com uma diferença de 0,24 p.p.
No período, foram observadas altas em oito dos nove grupos pesquisados, com destaque para a educação (7,98%) e a alimentação e bebidas (6,72%).
Os produtos e serviços que mais impulsionaram esses resultados foram, na educação, a educação de jovens e adultos (11,58%), o ensino fundamental (10,34%) e a pré-escola (10,15%).
Já nos alimentos foram o café moído (53,14%), a laranja-pera (44,91%) e o alho (37,67%).
Os outros avanços variaram entre 5,16% em saúde e cuidados pessoais e 1,91% em vestuário.
Apenas o setor de habitação apresentou recuo na taxa, com -0,15%
Confira a inflação dos nove grupos no acumulado de doze meses:
- Educação: 7,98%
- Alimentação e bebidas: 6,72%
- Saúde e cuidados pessoais: 5,16%
- Despesas pessoais: 4,87%
- Transportes: 4,17%
- Comunicação: 3,52%
- Artigos de residência: 2,9%
- Vestuário: 1,91%
- Habitação: -0,15%
Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza
O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.
Em Fortaleza e na RMF, o INPC, em janeiro, foi de 0,09%. O resultado foi maior do que o registrado nacionalmente. No mês, a taxa do País se manteve estável (0%).
A inflação no período foi puxada, principalmente, pelos alimentos e bebidas (1,24%), despesas pessoais (0,86%) e transportes (0,76%). Ocorreram apenas três deflações no mês: habitação (-2,87%), vestuário (-0,19%) e comunicação (-0,02%).
Os produtos que mais registraram acréscimos nos preços foram:
- Cebola: 31,18%
- Tomate: 29,64%
- Pimentão: 12,93%
- Café moído: 9,86%
- Chocolate e achocolatado em pó: 5,8%
Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores da batata-inglesa (-13,3%), da energia elétrica residencial (-12,32%) e do maracujá (-5,82%).
Já se considerado o acumulado dos últimos doze meses imediatamente anteriores, a taxa foi de 4,2%. O índice foi 0,03 p.p. maior que o do Brasil (4,17%).
Cenário nacional
Em janeiro de 2025, o IPCA recuou para 0,16%, a menor taxa para esse mês desde o início do Plano Real, em 1994. O índice ficou 0,36 p.p. abaixo da taxa de dezembro (0,52%). Com isso, o acumulado em 12 meses recuou para 4,56%.
Os preços do subitem energia elétrica residencial, que faz parte do grupo de habitação, que foi a que mais impulsionou no resultado mensal, recuaram 14,21%.
De acordo com o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, essa redução ocorreu devido à “incorporação do Bônus de Itaipu”, que foi aplicado nas faturas do período.
Já nas altas, o grupo transportes (1,3%), seguido da alimentação e bebidas (0,96%) foram os com registraram os maiores acréscimos no índice total.
Foram observados aumentos, por exemplo, nos valores da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), das passagens aéreas (10,42%), do café moído (8,56%), entre outros.
Considerando os resultados regionais, entre as 16 localidades onde o IBGE faz o acompanhamento semanal dos preços, cinco localidades acompanharam o desempenho do País e tiveram baixas: Rio Branco (-0,34%), Goiânia (-0,03%), Porto Alegre (-0,03%), São Luís (-0,08%) e Curitiba.
Por outro lado, o IPCA das demais regiões variou entre 0,59% em Aracaju e 0,04% em Campo Grande.
Confira os produtos que ficaram mais caros no Brasil em janeiro:
- Abobrinha: 43,03%
- pepino: 38,33%
- Cenoura: 36,14%
- Tomate: 20,27%
- Peixe - dourada: 19,12%
Confira os produtos que ficaram mais baratos no Brasil em janeiro:
- abacate: -33,15%
- Limão: -19,19%
- Energia elétrica residencial: -14,21%
- Morango: -9,54%
- Batata-inglesa: -9,12%
A pesquisa também traz resultados referentes ao INPC, que se manteve estável no mês. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,17%, abaixo dos 4,77% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa havia sido de 0,57%.
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