FTL próxima de acordo bilionário para reinvestimento no setor ferroviário no NE
Empresa terá de pagar indenização superior a R$ 1 bilhão para devolver ferrovias abandonadas que somam 3 mil km
A Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) está próxima de fechar um acordo bilionário junto ao Governo Federal. A medida viabilizaria o reinvestimento de valor devido no setor de infraestrutura.
A empresa deve à União mais de R$ 1 bilhão na devolução de mais de 3 mil quilômetros de ferrovias abandonadas.
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A informação foi confirmada pelo presidente da FTL, Tufi Daher Filho, que revela a criação de um grupo de trabalho junto ao Ministério dos Transportes para viabilizar a parte técnica do acordo.
"A empresa terá que indenizar essa devolução. A ideia é usar essa indenização para recuperação da malha que ficará operacional", explica.
Na prática, o valor apreciado pelo Ministério dos Transportes junto ao Tesouro Nacional retornaria para o projeto da Ferrovia Transnordestina Logística, que teria outro padrão de construção - dólar por km.
O projeto é um dos concedidos à FTL no Nordeste e liga os portos do Mucuripe e Itaqui-MA, em bitola métrica com 1.190 km de extensão.
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A FTL, controlada pelo Grupo CSN, opera 4.238 km de ferrovias localizadas em sete estados. Apenas 1.237 km desse total está operacional, o equivalente a 29%.
"Esse é um modelo inteligente porque o valor apreciado é um montante significativo, capaz de viabilizar a ferrovia. Então a devolução desse trecho e a renovação da concessão são fundamentais", diz Tufi.
Para que o acordo seja formalizado será necessário a aprovação dos termos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o executivo, o aval deve ocorrer até o fim do primeiro semestre do ano.