Pesquisa revela que 67% acreditam que governo taxaria o Pix

Norma da Receita Federal gerou desinformação, levando à revogação após forte pressão

Pesquisa Quaest realizada entre os dias 15 e 17 de janeiro de 2025 revelou que 67% dos brasileiros acreditam que o governo cobraria taxas sobre o Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado em 2020.

A polêmica começou após a publicação de uma norma da Receita Federal em setembro de 2024, que passou a vigorar no início deste ano. A medida ampliava o número de instituições obrigadas a informar movimentações financeiras superiores a R$ 5 mil, incluindo operações feitas via Pix.

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Por que governo Lula recuou de nova regra do Pix da Receita? ENTENDA

Confusão e desinformação

Segundo o governo, o objetivo da norma era combater crimes financeiros e sonegação de impostos. No entanto, a medida gerou confusão e alimentou desinformação nas redes sociais, sendo rapidamente explorada pela oposição.

Em um vídeo que alcançou mais de 300 milhões de visualizações, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alegou que, embora o Pix não estivesse sendo taxado, ele “não duvidava que isso pudesse ocorrer”.

A repercussão foi tamanha que o governo revogou a norma no dia 15 de janeiro e publicou uma medida provisória proibindo qualquer taxação do Pix. Mesmo assim, a imagem do governo foi impactada, com parte da população temendo uma possível cobrança.

Impacto nas redes sociais

A polêmica destacou a dificuldade do governo Lula em lidar com a desinformação nas redes sociais. Sidônio Palmeira, novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), classificou a desinformação como “o grande mal da humanidade” e reconheceu falhas na comunicação governamental.

O governo tentou reagir com pronunciamentos oficiais e ações simbólicas, como um vídeo de Lula realizando um Pix. Contudo, a resposta não foi suficiente para conter os danos causados.

Desinformação no campo econômico

A polêmica em torno do Pix também reforçou os debates sobre a regulamentação das redes sociais, um dos objetivos do Executivo para conter fake news e discursos de ódio em plataformas como WhatsApp, Facebook e Instagram.

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