Ibovespa sobe 0,92%, aos 122,3 mil pontos, e avança quase 3% na semana

No mês, o principal indicador da Bolsa de Valores acumula alta de 1,72%

O Ibovespa fechou a semana com ganho de 2,94% no intervalo, no que foi seu melhor desempenho desde as sessões entre 5 e 9 de agosto de 2024. Nesta sexta-feira, 17, o índice da B3 subiu 0,92%, aos 122.350,38 pontos, com giro a R$ 22,6 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações. No mês, acumula alta de 1,72%. Hoje, oscilou dos 121.074,14 aos 122.674,40 pontos, saindo de abertura aos 121.257,87 pontos.

Desde cedo, dados econômicos da China - como o PIB de 2024, em linha com o esperado, além de leituras sobre a produção industrial e as vendas do varejo no país, acima das expectativas para dezembro - davam sustentação ao Ibovespa, com destaque para ações do setor metálico. Assim, Vale (+3,46%, na máxima do dia no fechamento, a R$ 54,49) e CSN (+4,10%), entre outros papéis do segmento, compensaram o desempenho majoritariamente negativo dos grandes bancos, à exceção de Itaú (+0,72%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, CSN Mineração (+5,13%), IRB (+4,21%) e CSN. No lado oposto, Yduqs (-5,71%), Hapvida (-5,49%) e Cosan (-4,98%).

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Vale se destacou hoje e, considerando a faixa de preço em que foi negociada na sessão, pode avançar mais, recuperando assim parte do atraso que acumulou em relação aos pares internacionais", diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. Segundo ele, "o bom humor no exterior também deu apoio ao Ibovespa nesta sexta, o que o recolocou aos 122 mil; e quem sabe possa vir a buscar outros patamares mais altos, ali pelos 130 mil ou 131 mil pontos", tendo sido negociado recentemente em mínimas desde novembro de 2023, na casa dos 118 mil - nível visto nos fechamentos das duas sextas-feiras anteriores.

Bruna Centeno, economista e advisor da Blue3 Investimentos, destaca o avanço do Ibovespa na sessão vindo de correção parcial no dia anterior, e que conseguiu se segurar hoje, aos 122 mil, mesmo com o avanço do dólar na sessão - em alta de 0,20%, a R$ 6,0656, no fechamento - e também na curva de juros futuros. Em Nova York, por sua vez, os principais índices acionários fecharam em alta de 0,78% (Dow Jones), 1,00% (S&P 500) e 1,51% (Nasdaq), no último dia de negócios antes da segunda posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

"À tarde, o mercado esteve atento à entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não trouxe muito efeito para os ativos", diz Bruna. Entre os pontos abordados na entrevista à CNN Brasil, Haddad disse não ver risco de dominância fiscal - situação em que a política monetária, por mais elevada que seja a taxa de juros, deixa de produzir efeito para a ancoragem das expectativas e o domínio da inflação, ante o descontrole fiscal e a expansão da dívida. Ele reiterou confiança de que a política monetária resultará em desaceleração dos preços no Brasil.

Haddad disse não saber em qual patamar o dólar estará, mencionando uma série de variáveis, inclusive externas, difíceis de prever. Mas, pessoalmente, observou que não compraria dólar acima de R$ 5,70, considerando os fundamentos da economia brasileira. Ele enfatizou, durante a entrevista, ter havido exagero na reação do mercado no final do ano passado, e que continua a acreditar que a política monetária terá efeito muito maior do que as pessoas imaginam, mesmo considerando variáveis difíceis de acomodar, como o cenário externo, que mudou "radicalmente".

"Pode haver uma política fiscal e monetária nos Estados Unidos que mantenha o nível de juros muito alto. Ninguém previa o que ia acontecer no segundo semestre. Aumento de tarifa, aumento até do déficit fiscal, que pode manter a taxa por mais tempo; esse cenário não estava colocado", disse na entrevista à CNN Brasil.

O quadro das expectativas para o desempenho das ações no curtíssimo prazo praticamente não se alterou no Termômetro Broadcast Bolsa desta semana. A previsão de alta para o Ibovespa segue majoritária. Entre os participantes, 57,14% esperam alta para o índice na próxima semana, enquanto as fatias que esperam estabilidade e baixa são de 14,29% e 28,57%, respectivamente. Na edição anterior, a expectativa de ganhos tinha 62,50% do universo; a de variação neutra, 12,50%; e de queda, 25,00%.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

BOLSA/IBOVESPA

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar