Porto seco vai atingir raio de 250 km em torno de Quixeramobim
Novos detalhes sobre o projeto associado à ferrovia Transnordestina foram apresentados pela empresa que vai implantar o equipamento e já conta com 12 pré-contratos assinadosO porto seco que deve ser instalado em Quixeramobim (a 212 km de Fortaleza) na esteira da ferrovia Transnordestina (que também cruza aquele município) terá um raio de influência de 250 km em torno da região. Ele cita além de boa parte do Ceará, áreas da partes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Piauí, incluindo a região produtora de grãos.
A projeção é do CEO da Value Global, Ricardo Azevedo, empresa que se mobiliza para construir o equipamento. Nesta quinta-feira, 16, em Quixeramobim, o executivo apresentou novos detalhes sobre o projeto a empresários do Sertão Central e representantes do governo do Estado e reafirmou já contar com 12 pré-contratos assinados de investidores para o centro logístico.
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Azevedo projetou também que o porto seco deve levar combustível mais barato para caminhoneiros que acessem a área, que contará ainda com mais de 300 rodotrens. Na passagem pela região, ele também confirmou que deve decidir entre duas empresas de energia elétrica sobre o fornecimento do insumo.
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A exigência é a de que a fonte de energia seja renovável. “A energia sustentável e barata é um ponto importante. Não adianta ser sustentável se o custo for alto para o empresário”, pontua.
Uma comitiva do governo do Estado acompanhou, liderada pelo secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Domingos Filho, acompanhou a apresentação, incluindo o secretário do Planejamento, Alexandre Cialdini, além dos secretários executivos do Agronegócio, Silvio Carlos Ribeiro, e da Indústria, Brígida Miola.
Segundo o CEO da Value Global, Ricardo Azevedo, a empresa vai trabalhar o porto seco, em uma perspectiva multimodal, incluindo não apenas o transporte ferroviário, mas também o rodoviário e o marítimo, via Porto do Pecém.
“Por exemplo, temos mineradoras como clientes. Pegamos o minério, transportamos pela ferrovia, carregamos em navios e entregamos a carga em países como a Índia. Já atendemos os principais clientes globais”, destacou ele.
“Podemos ajudar também os pequenos empresários, que têm volumes menores, como dois ou três contêineres. Eles podem contratar o trem como um todo, utilizando nossa estrutura multimodal”,exemplificou Ricardo Azevedo.
Variedade de produtos
Os produtos que podem passar pelo porto seco são variados, tais como grãos, combustíveis, produtos calçadistas, embalagens, além de o equipamento permitir a distribuição para supermercados e frigoríficos.
“Para futuros clientes, temos uma área de 180 hectares reservada. Ao todo, são 362 hectares, área maior que a de algumas cidades, tamanho necessário para garantir que a operação continue se expandindo”, disse.
“Nosso projeto prevê que a linha férrea e as rodovias estarão integradas para garantir uma operação eficiente. O terreno precisa estar bem posicionado, com acesso a rodovias e outras infraestruturas”, ressalta o executivo.
Por sua vez, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Domingos Filho, o equipamento “impacta na geração de empregos não só em Quixeramobim, mas em todos os municípios da região”.
“O desafio, como sempre, é fazer com que o desenvolvimento econômico e social respeite as vocações regionais”, defendeu o titular da SDE.
Quanto à escolha do município para receber o equipamento, o secretário destaca o crescimento gerado pela indústria calçadista e pelo comércio.
“Com grandes empresas se instalando aqui, isso vai movimentar a economia de Quixeramobim, e se refletir em toda a região”, concluiu. (Com informações do repórter Samuel Pimentel)
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