Motorista de aplicativo em Fortaleza lucra R$ 2,9 mil por mês, indica estudo
Para conseguir tal lucro, o trabalhador precisa trabalhar pelo menos 55 horas semanaisOs motoristas de aplicativo de Fortaleza precisa trabalhar 55 horas semanais para lucrar R$ 2.897,48 por mês. No ano, o valor chega a aproximadamente R$ 34,7 mil. É o que aponta o levantamento realizado pelo GigU, fintech social criada para auxiliar o setor.
Conforme os dados, o faturamento mensal é de R$ 6.428,57, no entanto, o gasto é por volta de R$ 3.531,09. Destas despesas, mais da metade (54%) é por causa da gasolina. Sobre a frota de veículos, 1.583 são carros próprios e apenas 585 alugados.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Para Luiz Gustavo Neves, CEO do GigU, a pesquisa revela que esses trabalhadores têm a possibilidade de ganhar bem, mas também enfrentam altos custos operacionais.
"A chave do sucesso está em como gerenciam o tempo e os custos. A flexibilidade de horários e a possibilidade de trabalhar mais ou menos horas, dependendo da demanda, são os principais atrativos dessa profissão. A nossa plataforma tem dado suporte para que os motoristas possam otimizar sua jornada, planejando suas horas de trabalho e maximizando seus ganhos."
Nesse sentido, é importante considerar os custos operacionais envolvidos, como combustível e manutenção do veículo, especialmente em cidades com maior custo de vida e maior intensidade de trabalho.
Cenário nacional
Em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, há a possibilidade de alcançar um faturamento anual considerável e no RJ, por exemplo, o faturamento é, em média, de R$ 86,4 mil por ano para quem trabalha cerca de 54 horas semanais.
Após o desconto de custos operacionais — dos quais R$ 24,6 mil são gastos apenas com combustível — o lucro líquido anual fica em torno de R$ 39,6 mil.
Já em São Paulo, o cenário é ainda mais vantajoso com um faturamento anual médio que chega a R$ 102,8 mil para um trabalho de 60 horas semanais. Mesmo com os custos mais altos, o lucro líquido chega a R$ 51 mil por ano.
Em outras capitais como Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, os números também são positivos, mas variam de acordo com as particularidades de cada cidade.
Na primeira, os a média é de R$ 6,4 mil mensais, com um lucro líquido de R$ 2,4 mil mensais e R$ 29 mil anuais. A carga de trabalho gira em torno de 50 horas semanais.
Por outro lado, na capital mineira, os trabalhadores alcançam cerca de R$ 7,7 mil por mês, com um lucro líquido de R$ 3,5 mil mensais.
Em situações semelhante, Porto Alegre apresentou uma média de faturamento mensal de R$ 7,3 mil, com um lucro líquido de R$ 3,1 mil, ambos com despesas operacionais de cerca de R$ 4 mil mensais.