Turismo do Ceará teve o 2º melhor desempenho do Brasil em 2024 até novembro
O resultado do Estado foi 8,5 p.p. maior que o do Brasil (9,2%) e 1,4 p.p. menor que o do primeiro colocado, o Rio Grande do Norte (19,1%%)
12:23 | Jan. 15, 2025
Com crescimento de 17,7%, o Ceará obteve o 2º melhor desempenho no volume de atividades turísticas do Brasil em novembro quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
O resultado do Estado foi 8,5 pontos percentuais (p.p.) maior que o do Brasil (9,2%) e 1,4 p.p. menor que o do primeiro colocado, o Rio Grande do Norte (19,1%%).
Os dados são referentes a série com ajuste sazonal e fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Confira a variação anual de novembro da atividade turística de cada estado em relação a 2023:
- Rio Grande do Norte: 19,1%
- Ceará: 17,7%
- Goiás: 17,4%
- Santa Catarina: 15,9%
- Bahia: 14,2%
- Paraná: 13,6%
- Amazonas: 12%
- Alagoas: 11,1%
- Rio de Janeiro: 10,5%
- Pará: 8,6%
- Pernambuco: 8,4%
- São Paulo: 7,9%
- Distrito Federal: 7,6%
- Espírito Santo: 7,1%
- Minas Gerais: 4,6%
- Rio Grande do Sul: -0,7%
- Mato Grosso: -1,2%
Entretanto, em relação ao mês imediatamente anterior, o índice recuou 3,7%, a segunda pior taxa do País em novembro.
Confira a variação mensal da atividade turística de cada estado em novembro:
- Rio Grande do Sul: 6,6%
- Goiás: 3,5%
- Mato Grosso: 1,2%
- Rio de Janeiro: 0,8%
- Santa Catarina: 0,1%
- Minas Gerais: 0%
- Distrito Federal: -0,8%
- Rio Grande do Norte: -1%
- Bahia: -1,2%
- Espírito Santo: -1,6%
- Pernambuco: -2,2%
- Paraná: -2,3%
- São Paulo: -2,6%
- Alagoas: -2,9%
- Amazonas: -3,3%
- Ceará: -3,7%
- Pará: -6,9%
O desempenho negativo ocorreu após o Ceará ter registrado um acentuado avanço de 10,5% em outubro. Desta forma, quando considerado o acumulado do ano na comparação com 2023, a taxa foi positiva, com um crescimento de 1,9%.
Sobre a receita nominal, foi constatada uma alta de 2,3% na comparação mensal e de 15% ante novembro do ano anterior.
Setor de serviços recua 1,5% em novembro
Outro ponto investigado pela pesquisa é o volume de serviços, que recuou 1,5% no Ceará em novembro de 2024. Com isso, o índice do setor é 0,6 p.p. menor que o registrado nacionalmente.
Confira a variação mensal do setor de serviços de cada estado em novembro:
- Amapá: 5,8%
- Rondônia: 5,2%
- Alagoas: 4,2%
- Acre: 3,4%
- Roraima: 2,1%
- Minas Gerais: 0,9%
- Mato Grosso do Sul: 0,6%
- Amazonas: 0,6%
- Rio de Janeiro: 0%
- Maranhão: -0,2%
- Distrito Federal: -0,5%
- Santa Catarina: -0,5%
- Piauí: -0,8%
- São Paulo: -0,9%
- Espírito Santo: -0,9%
- Ceará: -1,5%
- Rio Grande do Norte: -1,5%
- Bahia: -1,5%
- Rio Grande do Sul: -1,5%
- Goiás: -1,6%
- Pará: -2,1%
- Tocantins: -2,4%
- Sergipe: -2,4%
- Mato Grosso: -2,5%
- Paraíba: -2,9%
- Paraná: -2,9%
- Pernambuco: -3,7%
Porém, tanto em relação a novembro de 2023 quanto aos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, os resultados foram positivos, com altas de 1,8%, 1% e 0,7%, respectivamente.
As taxas positivas também foram acompanhadas pelas atividades de divulgação, apenas uma registrou recuo na comparação com novembro do ano anterior, a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,6%).
As outras quatro apresentaram crescimento: Serviços prestados às famílias (9,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,3%), serviços de informação e comunicação (6,2%) e outros serviços (5,4%).
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Já no que concerne ao índice de receita nominal, também foi constatada queda na comparação mensal, de 0,6%, e altas nas anuais, com 4,7% em relação a novembro de 2023, 5,7% no acumulado do ano e 5,4% no de doze meses.
Cenário nacional
O volume de serviços prestados no País, em novembro, apresentou uma variação negativa após ter atingido seu recorde na série histórica da PMS em outubro, com uma baixa de 0,9% na comparação com o mês anterior.
Duas das cinco atividades de serviços pesquisadas mostraram taxas negativas frente ao mês anterior: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%).
Por outro lado, os outros serviços (1,8%), os serviços prestados às famílias (1,7%) e as atividades de informação e comunicação (1%) mostraram avanços na comparação com outubro de 2024.
Em contrapartida, em relação a novembro de 2023, o setor de serviços cresceu 2,9%, seu oitavo resultado positivo nessa comparação. Essa alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades e por 56% dos 166 serviços investigados.
O principal crescimento nessa comparação veio de informação e comunicação (6,6%) e dos serviços prestados às famílias (5%). As demais altas foram em: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
A única influência negativa veio de outros serviços (-1%), devido, segundo o IBGE, “à redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos”.
No acumulado do ano o desempenho do País foi similar, com aumento de 3,2%, e taxas positivas em quatro das cinco atividades:
- Serviços profissionais, administrativos e complementares : 6,7%
- Serviços de informação e comunicação: 6,4%
- Serviços prestados às famílias: 4,7%
- Outros serviços: 1,9%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1%
No que concerne às atividades turísticas, em novembro de 2024, após chegar ao ponto máximo na série histórica da PMS, o índice de atividades turísticas recuou 1,8% frente a outubro. Dessa forma, o volume dessas atividades está 11,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.
No contexto regional, onze dos 17 locais mostraram taxas negativas frente a outubro, com destaque para o Pará (-6,9%) e o Ceará (-3,7%).
O gerente da pesquisa comenta que a alta das passagens influenciaram no resultado do mês.
“A alta dos preços exerceu uma pressão negativa importante sobre a receita real das companhias aéreas, o que acabou trazendo um reflexo negativo relevante sobre o indicador especial de turismo neste mês”, explicou.
Já em relação a novembro de 2023, o índice cresceu 9,2%, sua sexta alta consecutiva. Houve taxas positivas em 15 das 17 Unidades de Federação (UFs).
A PMS também traz informações nacionais referente ao transporte de passageiros, que de acordo com o anunciado, registrou uma diminuição no volume de 3,4% em novembro na comparação com o mês imediatamente anterior.
Com isso, o segmento está 7,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,6% abaixo do ápice da série histórica (fevereiro de 2014).
Já no transporte de cargas, o resultado também foi negativo, com uma queda de 1,4%, a taxa está 6,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023) e 34,2% acima do nível pré-pandemia.