Produção industrial cearense tem o 2º melhor desempenho do Brasil até novembro de 2024
O índice foi 5,1 pontos percentuais (p.p.) acima do nacional (3,2%) e 6 p.p. maior que o do Nordeste (2,3%)
11:07 | Jan. 14, 2025
A produção industrial do Ceará registrou o 2º melhor desempenho do Brasil no acumulado do ano até novembro, com uma alta de 8,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O índice foi 5,1 pontos percentuais (p.p.) acima do nacional (3,2%) e 6 p.p. maior que o do Nordeste (2,3%).
Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governador do Estado, Elmano de Freitas, afirma que esse desempenho de destaque do Ceará é “resultado de uma política de incentivos eficiente para atrair novas empresas e fortalecer as já em funcionamento”.
"Continuaremos trabalhando para impulsionar ainda mais o crescimento econômico no Ceará e garantir mais empregos para o nosso povo”, complementa o gestor.
Confira a Produção Industrial dos estados analisados no acumulado do ano até novembro:
- Rio Grande do Norte: 10,6%
- Ceará: 8,3%
- Santa Catarina: 7,3%
- Pará: 6%
- Mato Grosso: 4,9%
- Mato Grosso do Sul: 4,7%
- Panará: 4,2%
- Pernambuco: 4,1%
- São Paulo: 3,4%
- Maranhão: 3,2%
- Goiás: 3,1%
- Amazonas: 3%
- Minas Gerais: 2,9%
- Bahia: 2,6%
- Rio de Janeiro: 0,6%
- Espírito Santo: - 0,8%
Dos 12 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em apenas quatro a produção caiu neste período no comparativo com o do ano passado. A queda mais expressiva é observada na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,7%) e na fabricação de produtos químicos (-10%).
Os outros decréscimos foram de 4,6%, na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, e de 2,7% na fabricação de produtos alimentícios.
Por outro lado, entre os segmentos que cresceram, os maiores destaques foram na:
- Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos: 29,9%
- Fabricação de produtos têxteis: 27,6%
- Confecção de artigos do vestuário e acessórios: 22,8%
- Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos: 22,4%
Os demais aumentos ficaram entre 11,8% na metalurgia e 7,3% na fabricação de bebidas.
No que concerne ao acumulado dos doze meses imediatamente anteriores a novembro, em relação a 2023, os resultados são similares, com o Estado também alcançando o 2º maior crescimento da produção física no setor, com um aumento de 8,1%.
Já, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, também houve aumento na produção, com 5,2%. O resultado positivo foi acompanhado por nove das doze atividades.
Confira as altas no período:
- Metalurgia: 50,8%
- Fabricação de produtos têxteis: 48,4%
- Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos: 39,9%
- Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos: 14,6%
- Fabricação de produtos químicos: 11,5%
- Confecção de artigos do vestuário e acessórios: 8,3%
- Fabricação de bebidas: 7,7%
- Fabricação de produtos de minerais não-metálicos: 7,6%
- Indústrias de Transformação: 5,2%
Confira as baixas no período:
- Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis: -34,2
- Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos: -26,2%
- Fabricação de produtos alimentícios: -8,2%
Entretanto, tanto na comparação com outubro quanto na média móvel trimestral finalizada em novembro (setembro, outubro e novembro), a produção do Estado caiu.
Os índices foram -1,1% e -1%, quinto e terceiro pior desempenho do País respectivamente. Em ambos os casos os resultados do Ceará ficaram abaixo do nacional, que no mês obteve queda de 0,6% na produção e no trimestre móvel se manteve estável (0%).
Atividade industrial no Brasil
A produção industrial do Brasil recuou 0,6% na passagem de outubro para novembro. Das 15 localidades investigadas na pesquisa, nove acompanharam a tendência do País.
As quedas mais acentuadas foram registradas por Espírito Santo (-7,2%) e São Paulo (-4,7%). Porém, Minas Gerais (-2,6%), Paraná (-1,8%), Ceará (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,8%) e Goiás (-0,7%) também apontaram resultados negativos mais intensos do que a média nacional (-0,6%).
Por outro lado, Pará (4,4%), Amazonas (2,7%) e Pernambuco (2,6%) mostraram os avanços mais elevados neste mês.
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O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, destaca que esse é o “segundo resultado negativo consecutivo, gerando uma perda acumulada de 0,8% no período”.
"Neste mês observamos efeitos de fatores macroeconômicos que impactaram diretamente, de forma negativa, a cadeia produtiva industrial. A aceleração da inflação, afetando oferta e demanda, e a consequente alta da taxa de juros, reduzindo investimento por parte do produtor, influenciaram o resultado da indústria”, acrescenta.
Entretanto, na comparação com novembro de 2023 e nos acumulados do ano e dos últimos doze meses, a indústria cresceu, com altas de 1,7%, 3,2% e 3%, respectivamente.