Vendas do varejo cearense têm 6º melhor desempenho do Brasil

O resultado foi dois pontos percentuais (p.p.) mais alto do o registrado nacionalmente (-1,8%)

14:16 | Jan. 09, 2025

Por: Maria Clara Moreira
VENDA de materiais de construção foi a que mais aumentou em relação a 2023 (foto: FÁBIO LIMA)

Em contrapartida ao desempenho nacional, o volume de vendas do varejo ampliado, que além do varejo comum inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, do Ceará cresceu 0,2% em novembro.

O resultado foi o sexto maior dentre as 27 Unidades Federativas (UFs) do País, sendo dois pontos percentuais (p.p.) mais alto do o registrado nacionalmente (-1,8%).

Veja o resultado das vendas do varejo ampliado no Brasil no mês de novembro por estado:

  • Mato Grosso: 2,3%
  • Amapá: 1,2%
  • Espírito Santo: 0,9%
  • Rondônia: 0,6%
  • Acre: 0,6%
  • Ceará: 0,2%
  • Alagoas: - 0,2%
  • Rio Grande do Sul: - 1%
  • Minas Gerais: - 1,2%
  • Mato Grosso do Sul: - 1,2%
  • São Pualo: - 1,3%
  • Amazonas: - 1,5%
  • Paraíba: - 2,1%
  • Manaus: - 2,3%
  • Santa Catarina: - 2,4%
  • Rio Grande do Norte: - 2,5%
  • Pará: - 2,6%
  • Piauí: - 3%
  • Paraná: - 3,1%
  • Distrito Federal: - 3,1%
  • Roraima: - 3,7%
  • Pernambuco: - 3,8%
  • Tocantins: - 3,8%
  • Goiás: - 4,2%
  • Sergipe: - 4,4%
  • Rio de Janeiro: - 4,9%
  • Bahia: - 5,5%

No que concerne aos resultados interanuais, o Estado registrou o quinto maior crescimento no volume de vendas do Brasil, com 7,9%. Montante 5,8 p.p. acima do nacional (2,1%).

No período, o Ceará apresentou alta em 9 das 11 atividades de divulgação analisadas, com destaque para o comércio de materiais de construção (34,4%), de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,6%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,5%).

Os únicos recuos foram observados na venda de livros, jornais, revistas e papelaria, com -6,6% e na de veículos, motocicletas, partes e peças, com -2,5%.

Os dados foram compilados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira, 9 de janeiro.

No Ceará, o volume de vendas do varejo ampliado ainda teve um acréscimo de 7,9% no acumulado de 12 meses até novembro e no acumulado anual.

Já no comércio varejista, o Estado, apesar de ter apresentado recuo nas vendas no comparativo entre outubro e novembro, de 0,7%, também registrou uma tendência de crescimento, com altas no acumulado do ano (8,2%), no de doze meses (8%) e em comparação com setembro de 2023 (7,9%).

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, relata que esse crescimento observado no comércio do Estado, principalmente em relação a 2023, ocorre por causa do aumento no volume de lojas.

Ele destaca que há uma abertura de muitos novos comércios, principalmente os que vendem produtos importados.

Ele ainda ressalta o benefício fiscal que foi concedido aos comerciantes da José Avelino, que passaram a pagar uma alíquota menor do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS)

“Esse benefício fiscal aconteceu porque muitas lojas daqui não davam notas fiscais, ai quando os compradores, que vinham de fora, passavam pelas cancelas eram autuados”, explica.

“E aí isso aumentou também esse fluxo de pessoas, porque esses consumidores que vêm de fora comprar na Avelino, não ficam só lá. Eles vão para o Centro, para os shoppings e fazem outros tipos de compras”, complementa.

Confira o índice do volume de vendas no comércio varejista e do varejista ampliado no Ceará

  • Comércio varejista: 7,9%
  • Combustíveis e lubrificantes: 8,4%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 8,4%
  • Tecidos, vestuário e calçados: 7%
  • Móveis e eletrodomésticos: 1,5%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 8,5%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -6,6%
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: 11,6%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 9,5%
  • Comércio Varejista Ampliado: 7,9%
  • Veículos, motocicletas, partes e peças: -2,5%
  • Material de construção: 34,4%
  • Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: 5,1%

Os dados cearenses consideram a variação mensal de novembro de 2024, com base em igual mês do ano anterior.

Cenário nacional

Em novembro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista do Brasil diminuiu 0,4%, em comparação com o mês anterior. Entretanto, no acumulado anual e no de 12 meses houve aumentos de 5% e 4,6%, respectivamente.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destaca que é o segundo mês consecutivo que o resultado apresentado está próximo a estabilidade.

“Mesmo com esse cenário estável, é interessante observarmos que o indicador acumulado no ano (5%) é bastante expressivo quando comparado a anos anteriores”, destaca.

Já no comércio varejista ampliado, também foi observada uma variação negativa na comparativo mensal, com uma queda 1,8% na passagem de outubro para novembro.

Dentre as dez áreas de atividades, juntando o varejo ao varejo ampliado, no comparativo mensal, sete registraram baixas.

As taxas positivas foram em: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), combustíveis e lubrificantes (1,5%) e tecidos, vestuário e calçados (1,4%).

Considerando a comparativa interanual, os resultados observados foram majoritariamente positivos, com crescimento em sete das onze atividades.

Confira o índice do volume de vendas no comércio varejista e do varejista ampliado no Brasil

  • Comércio varejista: 4,7%
  • Combustíveis e lubrificantes: 1,7%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 5,4%
  • Tecidos, vestuário e calçados: 8%
  • Móveis e eletrodomésticos: 0%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 10,2%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -10,6%
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: -4,4%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 3,4%
  • Comércio Varejista Ampliado: 2,1%
  • Veículos, motocicletas, partes e peças: 4,5%
  • Material de construção: 3,2%
  • Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: -11,7%

Os dados nacionais consideram a variação mensal de novembro de 2024, com base em igual mês do ano anterior.

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