Fortaleza e Recife são as únicas capitais a ter variação negativa no preço de imóveis
O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) é medido em dez capitais pela Abecip e FGV. Indicador é calculado com base nos financiamentos imobiliáriosO Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) em Fortaleza fechou o mês de novembro com leve recuo de 0,06%, ante o mês imediatamente anterior. Junto com Recife (-0,96%) foi a única capital, dentre as dez pesquisadas, que apresentou variação negativa nos preços dos imóveis residenciais no período.
O indicador que mostra a evolução dos preços de imóveis residenciais no Brasil é elaborado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). E é calculado com base em informações sobre a evolução de preços de imóveis financiados pelos bancos.
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No País, o IGMI-R registrou alta de 0,82% em novembro, desacelerando em relação à alta de 1,32% observada em outubro. Mesmo com esse resultado, a taxa interanual continuou acelerando, passando de 13,05% em outubro para 13,77% em novembro.
Indicador acelerou em seis das dez capitais pesquisadas
De acordo com a pesquisa, houve aceleração no indicador em seis das dez cidades analisadas. Em três das quatro regiões analisadas do país, pelo menos uma cidade apresentou aumento no índice em comparação a outubro.
Apenas no Nordeste, as três cidades representadas tiveram resultados inferiores aos do mês anterior. No caso de Fortaleza, o IGMI-R de outubro havia sido de 4,87%. Em Recife passou de -0,23% para -0,96%. Enquanto em Salvador, caiu de 7,19% para 1,57%.
No Sudeste, o destaque foi Belo Horizonte, onde a variação saltou de -1,45% para 1,54%. No Sul, Curitiba registrou o maior avanço, com a taxa de variação subindo de 0,26% para 1,42%. No Centro-Oeste, Goiânia apresentou a maior aceleração, passando de -1,31% para 1,27%.
No acumulado de 12 meses, o valor dos imóveis sofreu valorização de 12,44% em Fortaleza. Abaixo do indicador nacional que foi de 13,77%. No País, quem lidera esse indicador na pesquisa é Belo Horizonte, com alta de 25,59%.
Panorama do setor
No levantamento, a Abecip destaca que a interação entre o IGMI-R e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um ponto relevante, sugerindo que o INCC pode atuar como um indicador antecedente para os movimentos do IGMI-R, ainda que com defasagens temporais.
No período entre 2020 e 2021, o INCC apresentou forte alta devido ao aumento dos custos de insumos e mão de obra no setor, pressionando os preços dos imóveis e contribuindo para a elevação do IGMI-R entre 2021 e 2022.
Posteriormente, a desaceleração do INCC em 2022 e 2023 não resultou imediatamente em uma retração do IGMI-R, que manteve um crescimento moderado, refletindo a inércia dos preços residenciais e outros fatores como condições de financiamento e demanda.
“A recente retomada do INCC em 2024 sugere que novas pressões sobre os preços dos imóveis podem surgir, consolidando o papel do índice como um possível antecipador de tendências no mercado imobiliário”, destacou a entidade.
Quando observados os preços dos aluguéis, medidos pelo Índice de Variação dos Aluguéis Residenciais (IVAR), a pesquisa mostra que a variação interanual média passou de 9,32% para 8,75%, em comparação ao Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), que avançou 13,77% no mesmo período.
“Esses números contrastam significativamente com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que, embora tenha registrado uma leve aceleração, ainda se mantém distante dos índices do mercado imobiliário, com uma taxa interanual de 4,87% até novembro de 2024”, informou o relatório.
Outro indicador do mercado imobiliário, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), apresentou uma nova aceleração em sua taxa interanual, que subiu de 5,98% em outubro para 6,33% em novembro. Já para o Índice de Variação dos Aluguéis Residenciais (IVAR) a taxa interanual passou de 9,32% para 8,75%.
“O crescimento real observado no mercado imobiliário, mesmo em um contexto de inflação dentro da faixa de tolerância da meta, reforça o bom desempenho do setor. Esse cenário destaca não apenas a resiliência, mas também a capacidade de adaptação e o dinamismo do mercado imobiliário, que continua a se consolidar como um pilar essencial da economia, capaz de prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos”, aponta a Abecip
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