Quando compensa consertar um eletrodoméstico? Veja como calcular
Saiba como calcular o custo-benefício, os problemas mais comuns e as vantagens sustentáveis do conserto de aparelhos domésticos
23:05 | Dez. 18, 2024
Consertar ou substituir um eletrodoméstico depende de uma análise criteriosa de fatores como custo, idade, frequência de uso e sustentabilidade. Com informações detalhadas e as perguntas certas, o consumidor pode tomar decisões mais econômicas.
Natal vai movimentar R$ 503 milhões no comércio de Fortaleza, CONFIRA
O professor de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade de Fortaleza (Unifor), João Reinaldo Imbiriba da Rocha, explica que decidir entre consertar ou substituir um eletrodoméstico exige atenção a critérios específicos.
A “regra de ouro” mais comum é que, se o custo do reparo ultrapassar 50% do valor de um novo aparelho, comprar outro pode ser mais vantajoso. No entanto, fatores como idade do eletrodoméstico e frequência de uso também devem ser considerados.
Ele destaca a importância de avaliar a expectativa de vida do aparelho. Por exemplo, uma geladeira com mais de 12 anos talvez não justifique um investimento em conserto, mas um modelo com apenas 3 anos ainda pode ter uma longa vida útil.
Além disso, aparelhos usados frequentemente, como máquinas de lavar ou refrigeradores, muitas vezes compensam reparos mesmo com custos mais elevados.
Como calcular o custo-benefício?
Para estimar se o conserto compensa, o professor sugere:
- Consultar técnicos especializados para obter orçamentos detalhados.
- Comparar o preço médio de um aparelho novo no mercado.
- Estimar quanto tempo o reparo pode prolongar a vida útil do produto, algo que pode ser esclarecido com o técnico responsável.
“Esses passos ajudam o consumidor a tomar uma decisão mais fundamentada e econômica”, orienta Imbiriba.
Aspectos técnicos: problemas comuns e soluções
Falhas em peças como fusíveis, termostatos, resistências e motores pequenos costumam ser mais simples e econômicas de reparar. Por outro lado, problemas envolvendo placas eletrônicas ou compressores de refrigerador e ar-condicionado geralmente têm custos elevados.
Conforme o professor, modelos básicos ou intermediários, especialmente de marcas nacionais, tendem a ser mais fáceis e baratos de consertar devido à boa disponibilidade de peças e suporte técnico local.
Já os modelos mais modernos, que integram componentes eletrônicos avançados, podem apresentar dificuldades, seja pela complexidade do reparo ou pela falta de peças no mercado.
Custos e garantia: o que avaliar?
O tipo de defeito, a disponibilidade e o preço das peças e a localização do técnico são fatores que impactam diretamente no custo do conserto. Além disso, se o aparelho ainda está na garantia é importante buscar a assistência técnica oficial, já que reparos em oficinas independentes podem anulá-la.
Após o vencimento da garantia, o consumidor pode optar por oficinas não autorizadas, que geralmente oferecem preços mais baixos. No entanto, o professor alerta que é essencial verificar a experiência do técnico e a qualidade das peças utilizadas para evitar problemas futuros.
Sustentabilidade e cuidados preventivos
Consertar eletrodomésticos é uma prática mais sustentável, pois reduz o descarte de lixo eletrônico e diminui a demanda por novos produtos, o que economiza recursos naturais. “Prolongar a vida útil de um aparelho é uma atitude importante para a preservação do meio ambiente”, reforça o professor.
Para evitar consertos frequentes, ele recomenda seguir as instruções do fabricante, realizar manutenções periódicas, como limpeza de filtros e serpentinas, e evitar sobrecargas no uso.
Perguntas essenciais antes do conserto
João Reinaldo sugere que os consumidores questionem os técnicos sobre pontos cruciais antes de autorizar o serviço:
- O serviço tem garantia?
- Qual será a vida útil do aparelho após o reparo?
- Há possibilidade de usar peças similares para reduzir custos?
Além disso, ele orienta a pesquisar preços médios do serviço e a pedir orçamentos detalhados para evitar cobranças abusivas.
Quais são os sinais de que não vale mais a pena consertar?
Alguns sinais indicam que o conserto pode não ser vantajoso:
- Reparos frequentes e custos próximos ao valor de um modelo novo;
- Presença de múltiplos defeitos no aparelho;
- Dificuldade em encontrar peças, especialmente em modelos antigos.
Quase metade dos brasileiros pretende comprar presentes no Natal, VEJA