PIB do 3º trimestre levou a uma nova reavaliação de hiato mais positivo, diz ata do Copom
O cenário prospectivo de inflação mostra-se mais desafiador em diversas dimensões, segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, 17, pelo Banco Central. O documento trouxe o passo a passo das avaliações feitas na semana passada e que culminaram numa alta de 1 ponto porcentual da Selic, para 12,25% ao ano: o colegiado analisou inicialmente a atividade econômica, a demanda agregada, as expectativas de inflação, a inflação corrente e o cenário internacional; em seguida, discutiu as projeções e expectativas de inflação para então deliberar sobre a decisão corrente e comunicação futura. A cúpula do BC já deixou duas altas de 1 pp contratadas para as primeiras reuniões de 2025, sob a nova presidência de Gabriel Galípolo.
"Analisando o período corrente de atividade econômica, persiste um cenário de atividade resiliente com dinamismo maior do que esperado, como evidenciado na divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, levando a nova reavaliação de um hiato mais positivo", citaram os integrantes do Copom. Eles também mencionaram que o mercado de trabalho também segue aquecido, com aumento da população ocupada, queda da taxa de desemprego e aumento da formalização de postos.
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A ata ponderou, no entanto, que começa a existir alguma moderação no ritmo de crescimento de salários nas diferentes pesquisas, mas ainda em níveis elevados. "A conjunção de um mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito amplo segue indicando um suporte ao consumo e consequentemente à demanda agregada", analisaram os dirigentes, comentando que, em particular, o ritmo de crescimento do consumo das famílias e da formação bruta de capital fixo indica uma demanda interna crescendo em ritmo bastante intenso, apesar da política monetária contracionista.
Os motivos para tal dicotomia foram debatidos pelo Copom, de acordo com a ata. "Notou-se que há elementos mitigadores concorrendo com o impacto da política monetária sobre a atividade, tais como os impulsos de crédito e fiscais mais fortes do que antecipados", enfatizaram os integrantes do colegiado. A manutenção de canais de política monetária desobstruídos, segundo eles, sem elementos mitigadores para sua ação, contribui para uma condução mais efetiva e mais eficiente.
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