Óleo, tomate e carne fazem cesta básica subir 3,53% em Fortaleza; veja preços
De acordo com o levantamento mensal do Dieese, valor médio da cesta básica na Capital chegou a R$ 663,95. Entre outubro e novembro, inflação sobre os alimentos chega a 9,46%O valor médio da cesta básica em Fortaleza apresentou a quinta maior alta do Brasil e saltou 3,53% em novembro. Os dados fazem parte do levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A cesta básica com 12 produtos suficientes para sobrevivência de uma pessoa passou a custar R$ 663,95.
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No mês, os principais vilões para alta foram o óleo (+16,43%), o tomate (+15,93%) e a carne (+6,62%). Apenas três produtos apresentaram redução de preços no mês: a banana (-3,52%), o açúcar (-0,44%), o feijão (-0,28%) e a manteiga (-0,09%).
Esse movimento fez Fortaleza se tornar a capital do Norte-Nordeste com a cesta básica mais cara.
Segundo os cálculos do Dieese, o trabalhador de Fortaleza compromete uma parcela de 50,83% do salário mínimo para o pagamento de uma cesta básica para uma pessoa.
No ano, a inflação sobre os alimentos mais básicos acumula alta de 5,33%. Nos últimos dois meses houve uma aceleração dessa pressão inflacionária.
Em outubro, o Dieese havia divulgado que o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza havia registrado uma inflação de 4,13% no mês. Somando as variações dos dois últimos meses, temos um avanço de 9,46% nos preços.
Outro cálculo realizado pelo Dieese é o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) para adquirir os alimentos e pagar despesas básicas, como moradia, saúde e vestuário.
Em novembro de 2024, o salário mínimo necessário seria de R$ 6.959,31, o equivalente a 4,93 vezes o atual salário mínimo de R$ 1.412. A pressão dos custos sobre o salário aumentou em relação ao mês passado, quando o Dieese calculou que o valor ideal era 4,79 vezes o piso mínimo atual.
Em 12 meses, o valor médio da cesta básica em Fortaleza aumentou 3,76%. A principal pressão sobre os preços é promovida pelo aumento do custo do café (+46,87% no período), da carne (+22,4% no período) e do óleo (+28,48%).
O aumento da carne em Fortaleza foi o segundo mais significativo do País em 12 meses. Outros produtos básicos, como arroz (+19,96%), feijão (+4,44%) e leite (8,67%) também apresentaram altas no período.
Da cesta de produtos básicos, apenas dois itens apresentam queda acumulada nos últimos 12 meses. O valor do tomate caiu 34,7% e da farinha 18,31%.
Produtos com alta em relação ao mês anterior
- Óleo (16,43%),
- Tomate (15,93%),
- Carne (6,62%),
- Leite (1,80%),
- Arroz (1,34%),
- Pão (0,36%) e
- Café (0,36%)
Produtos com redução em relação ao mês anterior
- Banana (-3,52%),
- Açúcar (-0,44%),
- Feijão (-0,28%),
- Manteiga (-0,09%)
- Farinha (não variou)