Fortaleza tem 3ª maior alta na cesta básica do País; veja preços
Valor total dos 12 produtos que compõem a lista pesquisada pelo Dieese cresceu 4,13% em outubro de 2024A cesta básica de Fortaleza tem uma inflação de 4,13% em outubro, segundo informou o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O percentual foi o terceiro mais elevado do País no período, atrás apenas de Campo Grande (5,1%) e Brasília (4,18%).
O resultado, aponta a pesquisa feita mensalmente, é resultado da elevação de nove dos 12 produtos que compõem a lista. O gasto total no orçamento estimado pelo IBGE é de R$ 641,34.
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Para uma família com dois adultos e duas crianças, o preço da cesta básica estimado é de R$ 1.924,02, em Fortaleza.
Confira o ranking de aumento:
- Campo Grande (MS): 5,1%
- Brasília (DF): 4,18%
- Fortaleza (CE): 4,13%
- Belo Horizonte (MG): 4,09%
- Curitiba (PR): 4,03%
- Natal (RN): 4,01%
- Florianópolis (SC): 3,72%
- Goiânia (GO): 3,33%
- Aracaju (SE): 2,59%
- João Pessoa (PB): 2,55%
- Porto Alegre (RS): 2,4%
- Recife (PE): 2,4%
- Rio de Janeiro (RJ): 2,17%
- Vitória (ES): 1,9%
- São Paulo (SP): 1,69%
- Salvador (BA): 1,27%
- Belém (PA): 0,33%
Quando o comparativo é o ano de 2024, de janeiro a outubro, a cesta básica de Fortaleza registra uma alta de 1,74%. Já no comparativo com outubro do ano passado observa-se uma redução de 1,17%.
"Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65)", aponta do Dieese.
Neste comparativo, Fortaleza teve a cesta básica mais cara entre as capitais nordestinas pesquisadas, com R$ 641,34 para o conjunto de 12 produtos. A quantia também foi a 12ª mais cara do País.
O preço da cesta básica ainda indica que, considerando "o salário mínimo líquido" - calculado após o desconto referente à Previdência Social (7,5%) -, "o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro de 2024, usou 49,10% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta."
Veja o ranking de cestas básicas no Brasil
- São Paulo (SP): R$ 805,84
- Florianópolis (SC): R$ 796,94
- Porto Alegre (RS): R$ 774,32
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 773,7
- Campo Grande (MS): R$ 751,06
- Curitiba (PR): R$ 726,62
- Brasília (DF): R$ 711,05
- Vitória (ES): R$ 708,06
- Goiânia (GO): R$ 695,37
- Belo Horizonte (MG): R$ 679,07
- Belém (PA): R$ 649,9
- Fortaleza (CE): R$ 641,34
- Natal (RN): R$ 576,23
- João Pessoa (PB): R$ 566,46
- Salvador (BA): R$ 560,65
- Recife (PE): R$ 548,19
- Aracaju (SE): R$ 519,31
O que aumentou na cesta básica de Fortaleza?
"Percebe-se que a inflação nos preços da cesta básica foi influenciada pela alta nos preços de nove produtos da cesta, dos quais, destacam-se: tomate (16,34%), carne (9,95%), café (5,33%) e óleo (5,23%). Os produtos que registraram queda em seus preços foram: farinha (-5,76%) e banana (-2,96%)", diz o relatório do Dieese.
Veja os preços dos alimentos da cesta básica de Fortaleza
- Carne (4,5kg): R$ 197,91
- Leite (6l): R$ 39,90
- Feijão (4,5kg): R$ 31,86
- Arroz (3,6kg): R$ 26,93
- Farinha (3kg): R$ 16,20
- Tomate (12kg): R$ 57,24
- Pão (6kg): R$ 117,66
- Café (300g): R$ 14,24
- Banana (7,5dz): R$ 63,98
- Açúcar (3kg): R$ 13,59
- Óleo (900ml): R$ 7,18
- Manteiga (750g): R$ 53,98
O destaque dado pelo Dieese que explica a elevação da cesta básica em todas as 17 capitais pesquisadas foi para a carne e tem Fortaleza entre as cidades de maior aumento: "As maiores altas ocorreram em Fortaleza (9,95%), Campo Grande (8,62%), Brasília (8,02%) e Natal (7,68%). Em 12 meses, os principais aumentos foram registrados em Fortaleza (14,80%), São Paulo (13,25%), Brasília (13,16%), Goiânia (12,19%), Campo Grande (11,59%) e Rio de Janeiro (11,59%)."
"As estiagens e as queimadas prejudicaram o pasto, os bois em confinamento não foram suficientes para manter o nível de oferta e os preços no varejo aumentaram", completa a pesquisa.
Veja os números da cesta básica de Fortaleza:
- Valor da cesta: R$ 641,34.
- Variação mensal: 4,13%.
- Variação em 6 meses: -10,26%.
- Variação em 12 meses: -1,17%.
- Jornada necessária para comprar a cesta básica: 99 horas e 56 minutos.
- Produtos com alta em relação ao mês anterior: tomate (16,34%), carne (+9,95%), café (5,33%), óleo (5,23%), açúcar (1,12%), manteiga (0,99%), leite (0,91%), feijão (0,70%) e arroz (0,15%).
- Produtos com redução em relação ao mês anterior: farinha (-5,76%) e banana (-2,96%).
- Produto sem alteração em relação ao mês anterior: pão (0,00%).
- Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.306,10) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 49,10%.
- R$ 6.769,87 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que corresponde a 4,79 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.412,00.