A ideia é conciliar produção de energia e desenvolvimento da aquicultura sustentável, com foco em três pilares: segurança energética, aumento da produção de pescado e geração de empregos. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a expectativa é a de utilizar 74 reservatórios.
Combate à fome
“Vamos aumentar a produção de alimento nos reservatórios das nossas hidrelétricas. Trata-se de uma verdadeira transição energética feita de forma justa e inclusiva. É mais um resultado da aliança global de combate à fome que tanto fortalecemos no G-20 [grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta]”, disse Silveira, durante a abertura do workshop que reunirá especialistas de instituições públicas, do setor aquícola e do setor energético.
Na avaliação do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, à iniciativa – que tem por base as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Pesca, da Política Nacional de Energia Elétrica e do Plano de Recuperação de Reservatórios de Regularização do País – atende uma das prioridades do governo Lula, que é o combate à fome.
“Se há um setor da proteína animal que não para de crescer com resultados impressionantes é o da aquicultura. E, de forma especial, a piscicultura. Nesse conjunto, a estrela central; a joia da coroa é a tilápia brasileira”, disse André de Paula ao lembrar que há, também, grande potencial para a produção de pescados na costa brasileira, com mais de 8 mil quilômetros.
O acordo técnico assinado pelos dois ministérios resultará em “peixinho frito, moqueca, caldeirada e peixe assado na mesa da nossa gente”, ressaltou Alexandre Silveira.
Entre os temas abordados durante o workshop estão: aquicultura em águas da União; licenciamento ambiental da aquicultura e utilização das áreas de preservação permanente em reservatórios; e a interação entre a operação dos reservatórios e a atividade pesqueira.