Com crescimento de fraudes, regras do Pix mudam a partir de novembro; saiba o que muda

Entre as mudanças previstas estão a de que transferências de mais de R$ 200 só poderão ser feitas de um telefone ou de um computador previamente cadastrados. Veja essas e outras mudanças

16:33 | Out. 28, 2024

Por: Samuel Pimentel
PIX é o pagamento instantâneo brasileiro (foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

O sistema de transferências instantâneas Pix passará por mudanças na operação para impedir fraudes e golpes. A partir de 1º de novembro, o Banco Central (BC) vai implementar uma série de mudanças que devem mudar a forma como o sistema é utilizado.

(Veja abaixo as mudanças no Pix a partir de novembro, ponto a ponto).

Dentre as novas regras, está a de limitação de transferências por novos dispositivos utilizados por usuários previamente cadastrados. Outra mudança é a limitação de valor transferido para aparelhos não cadastrados.

As mudanças também atingem as instituições financeiras ao obrigar a adoção de soluções de gerenciamento de risco para identificar transações atípicas, além de verificação de dados de fraude de clientes semestralmente.

Entenda as mudanças no Pix a partir de 1º de novembro

A partir de 1º de novembro, o Pix terá regras mais rígidas para garantir a segurança das transações e impedir fraudes.

  • Transferências de mais de R$ 200 só poderão ser feitas de um telefone ou de um computador previamente cadastrados pelo cliente da instituição financeira, com limite diário de R$ 1 mil para dispositivos não cadastrados.

O Banco Central (BC) esclarece que a exigência de cadastro valerá apenas para os celulares e computadores que nunca tenham sido usados para fazer Pix. Para os dispositivos atuais, nada mudará.

  • Além dessa novidade, as instituições financeiras terão de melhorar as tecnologias de segurança. Elas deverão adotar soluções de gerenciamento de fraude capazes de identificar transações Pix atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, com base nas informações de segurança armazenadas no Banco Central.

As instituições também terão de informar aos clientes, em canal eletrônico de amplo acesso, os cuidados necessários para evitar fraudes. Elas também deverão verificar, pelo menos a cada seis meses, se os clientes têm marcações de fraude nos sistemas do Banco Central.

As medidas, informou o BC, permitirão que as instituições financeiras tomem ações específicas em caso de transações suspeitas ou fora do perfil do cliente. Elas poderão aumentar o tempo para que os clientes suspeitos iniciem transações e bloquear cautelarmente Pix recebidos. Em caso de suspeita forte ou comprovação de fraude, as instituições poderão encerrar o relacionamento com o cliente.

Anunciada data de lançamento do Pix Automático

Recentemente, o BC anunciou que o Pix Automático será lançado em 16 de junho de 2025. Em desenvolvimento desde o fim do ano passado, a modalidade facilitará as cobranças recorrentes de empresas, como concessionárias de serviço público (água, luz, telefone e gás), empresas do setor financeiro, escolas, faculdades, academias, condomínios, planos de saúde, serviços de streaming e clubes por assinatura.

Por meio do Pix Automático, o usuário autorizará, pelo próprio celular ou computador, a cobrança automática. Os recursos serão debitados periodicamente, sem a necessidade de autenticação (como senhas) a cada operação. Segundo o BC, o Pix Automático também ajudará a reduzir os custos das empresas, barateando os procedimentos de cobrança e diminuindo a inadimplência. (Com informações da Agência Brasil)

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