Voltalia reúne diretoria no Ceará para tomar decisão de investir em hidrogênio verde, diz Elmano

Em abril deste ano, a empresa já havia assinado um pré-contrato para instalação de uma planta industrial de produção de hidrogênio e amônia verdes

A multinacional francesa Voltalia veio ao Ceará para ter reunião com o Governo do Estado para ajudar na tomada de decisão de investimento em hidrogênio verde (H2V) no Ceará.

A informação foi divulgada pelo governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), durante sua live semanal nas redes sociais. 

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Em abril deste ano, a empresa já havia assinado um pré-contrato para a instalação de uma planta industrial de produção de hidrogênio e amônia verdes.

A decisão de investimento é mais um passo que um Conselho de empresa dá no sentido de aprovar certo aporte de uma companhia.

No caso da Voltalia, a reunião da direção internacional foi realizada no Ceará, e se o Conselho da empresa der o aval na decisão, o valor projetado de aplicação é de US$ 3 bilhões, além da geração de mais de 5 mil postos de trabalho em sua fase de implantação, segundo o Governo do Estado.

Portanto, o encontro contou com o governador do Estado, e também o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Hugo Figueiredo, na apresentação dos potenciais cearenses para o hub de H2V.

Em comunicado, a presidente do Conselho da Voltalia, Laurence Mulliez, disse estar "muito impressionada" com tudo o que foi apresentado sobre o Ceará.

"Estamos de olho no Nordeste e no Ceará. O que o governador falou sobre o ambiente que está sendo criado, assim como a ZPE (Zona de Processamento de Exportação), os incentivos e novas regras, é fantástico”, assim definiu .

“Investir em estrutura pode levar 15 a 20 anos, então é importante que o estado democrático de direito seja respeitado e eu tenho certeza que será”, complementou.

Laurence Mulliez também falou sobre o impacto ambiental que a transição energética causará no Ceará, no Brasil e no mundo.

“A missão da Voltalia é muito alinhada com o que ouvi aqui, que é reduzir a pegada de carbono, enquanto promovemos o desenvolvimento local. Então existe um grande alinhamento de valores e até culturalmente. Só precisávamos de maiores garantias do estado democrático de direito, mais por conta do investimento a longo prazo”, disse.

Já o gerente da Voltalia na América Latina e Norte da África, Robert Klein, afirmou que a produção de hidrogênio verde em larga escala está no que chamou de “ambição” da empresa para até o ano de 2030.

“Iniciamos o desenvolvimento para projeto de larga escala em vários países que consideramos ter valor agregado e competitividade como Egito, Marrocos e Brasil. Depois de estudo amplo, que levou um pouco de tempo para avaliar vários portos de vários estados, com suas vantagens e desvantagens, escolhemos o Pecém, para desenvolver o nosso primeiro projeto de hidrogênio verde de larga escala”, lembrou.

“Nosso projeto tem duas fases. Uma para entrar em operação em 2029/2030 e a outra em 2032”, relatou.

Hoje, o Estado conta com pré-contratos firmados com a espanhola FRV, a americana AES, as brasileiras Casa dos Ventos e Cactus, a australiana Fortescue e a francesa Voltalia. Mas ao todo são 40 assinaturas.

A partir desta etapa, as empresas passam a pagar uma espécie de aluguel para ZPE do Ceará reservar um espaço no setor 2, onde será instalado o hub de H2V.

Vale lembrar ainda que, no início deste mês, ao cumprir agenda em Brasília, o governador Elmano de Freitas assinou com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, resolução que aprova a primeira fase do projeto industrial de produção de hidrogênio verde (H2V) da empresa australiana Fortescue.

Ela se instalará em uma área de 121 hectares, no Setor 2da ZPE Ceará. O projeto prevê investimento total de até US$ 5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões).

Veja lista de empresas que assinaram memorando de entendimentos (MoUs assinados) com o Governo do Ceará  

  • 1. Enegix Energy (Produção h2v, assinado 2021)
  • 2. White Martins/Linde (Produção h2v)
  • 3. Qair (Produção h2v)
  • 4. Fortescue (Produção h2v)
  • 5. Eneva (geração de energia)
  • 6. Diferencial (geração de energia)
  • 7. Hytron (fabricante de equipamentos)
  • 8. H2helium (consultoria)
  • 9. Neoenergia (geração de energia)
  • 10. Engie (Produção h2v)
  • 11. Transhydrogen Alliance (Produção h2v)
  • 12. Total Eren (Produção h2v)
  • 13. AES Brasil (Produção h2v)
  • 14. Cactus Energia Verde (Produção h2v)
  • 15. Casa dos Ventos (Produção h2v)
  • 16. H2 Green Power (Produção h2v)
  • 17. Comerc Eficiência (ex-sócia da Casa dos Ventos)
  • 18. Enel Green Power (Produção h2v)
  • 19. HDF (Produção h2v)
  • 20. Mitsui (mobilidade)
  • 21. ABB (mobilidade)
  • 22. Gold Wind (máquinas para energia eólica)
  • 23. Alupar (pool de armazenamento de amônia)
  • 24. Mingyang Smart Energy (complexo eólico offshore)
  • 25. Spic (geração de energia renovável)
  • 26. Gansu Science & Technology Investment (cooperação técnica)
  • 27. PowerChina (parque solar)
  • 28. Platform Zero (Complexo do Pecém + 13 instituições de cinco países) (cooperação técnica)
  • 29. Green Hydrogen Corridor (Complexo do Pecém, AES Brasil, Casa dos Ventos, Comerc Eficiência, Havenbedrijf Rotterdam, Fortescue e EDP) (corredor logístico sustentável)
  • 30. Voltalia (Produção h2v)
  • 31. Lightsource bp (produção de energia elétrica sustentável / projetos solares / colaboração com universidades locais)
  • 32. EDF Renewables Brasil (produção de h2v)
  • 33. Go Verde (produção de h2v)
  • 34. Hitachi Energy Brasil LTDA (fornecimento de equipamentos)
  • 35. Grupo Jepri (produção de h2v)
  • 36. bp (produção de h2v)
  • 37. ⁠Eletrobras (viabilizar energia)
  • 38. ⁠Porto de Sines (corredor logístico sustentável)
  • 39. ⁠Mercurio Asset (conversão de termelétrica a carvão para gás natural)
  • 40. ⁠Vestas (cooperação para ampliação de do processo fabril de equipamentos)

Fonte: Governo do Ceará

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