Ambev deve lucrar R$ 3,5 bilhões no 3º tri com demanda forte no Brasil, dizem analistas

Expectativas são de analistas do Bank of America (BofA) e do BTG Pactual; Ambev deve divulgar resultados no dia 31 de outubro

A fabricante de bebidas Ambev deve alcançar um lucro líquido de, em média, R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, com expectativas de resultados sólidos em meio à forte demanda de cerveja no Brasil e incremento nos volumes e receitas.

As expectativas são de analistas do Bank of America (BofA) e do BTG Pactual. Todavia, o cenário internacional deve continuar desafiador, e as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A, em inglês) tem base de comparação difícil no País.

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A companhia, cujas ações ordinárias são negociadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), vai divulgar o balanço com os dados no próximo dia 31 de outubro. Por volta das 14h49min desta segunda-feira, 14, os papeis subiam 0,47%, a R$ 12,94.

Um dos principais indicadores do mercado financeiro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) deve alcançar entre R$ 6,9 bilhões e R$ 7,2 bilhões, conforme o BofA e o BTG, respectivamente.

“Esperamos que os resultados operacionais permaneçam sólidos, impulsionados pelas operações no Brasil, já que a demanda por cerveja e refrigerantes continua forte, e as margens continuam a se expandir”, acrescentou o BofA.

Apesar dos dados, os analistas do BTG Pactual fazem uma ressalva em relação aos volumes, os quais acreditam que devem ficar abaixo do mercado geral. “Não temos uma visão particularmente otimista sobre preços, apesar de alguns esforços de premiumização.”

O BTG acredita, ainda, que as despesas financeiras aumentem e que impostos mais altos impactem o resultado final. “Nossas esperanças de que uma indústria mais forte também pudesse demandar um ambiente competitivo mais benigno podem não estar se concretizando como esperado.”

O terceiro trimestre “não parece ser um catalisador para uma mudança positiva no sentimento que poderia desencadear uma reavaliação mais séria ou esperanças de crescimento sustentável”, pontuaram Thiago Duarte e Guilherme Guttilla, do BTG.

No Brasil, os volumes de cerveja devem manter a tendência sólida do primeiro semestre, com estimativas de alta anual de 3,4%. Já a margem bruta deve expandir 170 pontos-base devido à receita e custos estáveis, segundo o BofA.

As bebidas não alcoólicas também devem garantir volumes sólidos e preços impulsionadores para o crescimento do Ebitda em 13% no ano a ano, mesmo com alguma pressão de custos no açúcar, explicam Isabella Simonato, Julia Zaniolo e Fernando Olvera, do BofA.

Em contrapartida, o desempenho internacional deve ser misto, com resultados sólidos na América Central e Caribe, mas fraco no Canadá e na América Latina do Sul. O volume de base comparativa difícil e o consumo fraco são alguns dos pontos de atenção para o BofA.

O Bank of America tem recomendação de “compra” para as ações da Ambev (ABEV3) na B3, com preço-alvo de R$ 15,50, enquanto o BTG Pactual está “neutro”, com preço-alvo de R$ 15.

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