Com baixa dos combustíveis, Grande Fortaleza tem a 6ª menor inflação do Brasil

O IPCA da Grande Fortaleza foi 0,3%. O resultado foi 0,14 ponto percentual (p.p.) menor do que o observado nacionalmente (0,44%)

A inflação de Fortaleza e da Região Metropolitana (RMF) no mês de setembro foi a sexta menor do Brasil dentre as 16 localidades pesquisadas, com 0,3%. O resultado foi 0,14 ponto percentual (p.p.) menor do que o observado nacionalmente (0,44%). Porém, representou um aumento de 0,3 p.p. em relação ao mês anterior (0%).

Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador referente a famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, independente da fonte, e foram divulgados nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco passaram por baixas, com destaque para transporte (-1,11%), que teve a maior deflação da categoria no Brasil.

Os responsáveis pela diminuição dos preços no setor foram os combustíveis, que tiveram uma taxa de - 3,31%, com a redução do valor da gasolina (-3,45%), do gás veicular (-2,52%) e do óleo diesel (-1,11%).

As demais deflações ocorreram em:

  • Despesas pessoais: -0,67%
  • Artigos de residência: -0,52%
  • Comunicação: -0,23%
  • Educação: -0,03%

Por outro lado, as altas foram observadas em: habitação (2,54%), segunda maior inflação da categoria no País, saúde e cuidados pessoais (0,84 %), alimentação e bebidas (0,23%) e vestuário (0,22%).

O aumento da taxa nos produtos habitacionais foi influenciado pela elevação do valor da energia elétrica residencial, que tiveram um aumento de 6,89% no período.

Confira os itens que ficaram mais caros em setembro:

  • Maracujá: 21,64%
  • Energia elétrica residencial: 6,89%
  • Goiaba: 5,56%
  • Passagem aérea: 5,44%
  • Fígado: 5,43%

Confira os itens que ficaram mais baratos em setembro (Todos são do setor de alimentos e bebidas):

  • Cebola: -20,32%
  • Tomate: -20,27%
  • Cenoura: -11,88%
  • Manga: -11,09%
  • Batata-inglesa: -9,9%

Em relação aos dados do acumulado do ano (janeiro - setembro), a Grande Fortaleza obteve a sexta maior inflação do País, com 3,31%, o índice foi igual ao registrado no Brasil.

No período, todos os grupos pesquisados tiveram alta. Veja quanto foi a inflação de cada categoria:

  • Educação: 7,69%
  • Saúde e cuidados pessoais: 6,04%
  • Alimentação e bebidas: 4,11%
  • Habitação: 3,96%
  • Comunicação: 2,56%
  • Despesas pessoais: 2,29%
  • Artigos de residência: 1,71%
  • Vestuário: 0,23%
  • Transportes: 0,09%

O IPCA também traz informações sobre a taxa nos últimos 12 meses, que ficou em 4,42%, outra vez igual a nacional, os aumentos que se destacaram foram nos grupos de educação (7,83%), de saúde e cuidados pessoais (6,56%) e de habitação (6,16%).

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.
Na RMF, o INPC foi de 0,36% no mês de julho, quinto menor do País no período e 0,12 p.p. menor do que o registrado nacionalmente (0,48%). Porém, a taxa representou um aumento de 0,39 p.p. em relação a agosto.

A inflação do mês foi puxada pelos grupos de habitação (2,56%), saúde e cuidados pessoais (0,89%), alimentação (0,39%) e vestuário (0,33%).

Em contrapartida, houve deflação em cinco dos nove grupo de produtos e serviços pesquisados:

  • Transportes: -1,16%
  • Despesas pessoais: -1,02%
  • Artigos de residência: -0,62%
  • Comunicação: -0,22%
  • Educação: -0,03%

Os produtos que mais aumentaram de preço foram: Maracujá (21,64%), energia elétrica residencial (7,33%) e goiaba (5,56%). Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores da cebola (-20,32%), do tomate (-20,27%) e da batata-inglesa (-13,74%).

No acumulado dos últimos 12 meses, o INPC da Grande Fortaleza foi 4,38%, que representa um acréscimo de 0,29 p.p. em relação ao do Brasil (4,09%). Já o índice considerando a junção dos nove primeiros meses do ano foi de 3,25%, taxa 0,04 p.p. menor do que a nacional (3,29%).

Cenário nacional

O IPCA de setembro teve alta de 0,44%, 0,46 p.p. acima da taxa registrada em agosto (-0,02%). No ano, o índice acumulou alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a variação havia sido de 0,26%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: habitação (1,8%) e alimentação e bebidas (0,5%). Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de despesas pessoais e o 0,46% de saúde e cuidados pessoais.

No grupo habitação, o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1.

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

A alimentação no domicílio (0,56%) foi o responsável pela alta no setor de alimentos e bebidas, que registrou inflação após dois meses seguidos de recuos. André salienta que esse resultado foi influenciado, em grande parte, pelo aumento nos preços da carne bovina e de algumas frutas, como laranja, limão e mamão.

“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisa o gerente.

Por outro lado, a queda mais intensa (-0,31%) em setembro veio de despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos registrou queda de 8,75%.

“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”, explica André.

No que concerne aos índices regionais, todas as localidades pesquisadas apresentaram inflação em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), e a menor ocorreu em Aracaju (0,07%).

Já o INPC teve alta de 0,48% em setembro, 0,62 p.p. acima do resultado observado em agosto (-0,14%). No ano, a taxa acumula alta de 3,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,09%, acima dos 3,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,11%.

Os produtos alimentícios subiram 0,49% em setembro, após dois recuos consecutivos. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,02% em agosto para 0,48% em setembro.

Quanto aos índices regionais, o resultado foi similar à do IPCA, com Goiânia registrando a maior alta (1,05%) e Aracaju a menor (0,08%).

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