Custo da construção civil no Ceará foi o que mais aumentou no Brasil, diz IBGE
Nos índices regionais, o Nordeste se destacou com a maior variação mensal de setembro, além de todos os estados da Região terem apresentado alta na parcela dos materiais
13:07 | Out. 09, 2024
Com alta de 0,73% em setembro, o custo da construção, por metro quadrado (m²), no Ceará, foi o que mais aumentou dentre os estados do Brasil.
O valor chegou a R$ 1.658,02. É 0,38 ponto percentual (p.p.) acima do índice nacional (0,35%), porém, é 0,37 p.p. menor do que o registrado em agosto (1,1%).
Os dados são do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) e foram divulgados nesta quarta-feira, 9 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, do custo total da construção, R$ 1.017,64 são relativos aos materiais e R$ 640,38 à mão de obra.
No Ceará, no acumulado do ano, o indicador ficou em 4,82%, e nos últimos 12 meses, em 4,95%, resultado maior do que os 4,05% apresentados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Além disso, ambos os resultados foram maiores do que o índice observado nacionalmente de 2,97% e de 3,46%, respectivamente.
Cenário nacional da construção civil
O Sinapi apresentou variação de 0,35% em setembro no Brasil, ficando 0,28 p.p. abaixo do índice de agosto (0,63%).
O acumulado nos últimos 12 meses foi de 3,46%, resultado acima dos 3,12% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice de setembro de 2023 foi de 0,02%.
O custo nacional da construção, por m², passou de R$ 1.767,09 em agosto para R$ 1.773,2 em setembro, sendo R$ 1.019,25 relativos aos materiais e R$ 753,95 à mão de obra.
De acordo com o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, a parcela dos materiais com taxa de 0,49%, ficou quase estável em relação ao mês anterior (0,5%). Entretanto, comparado a setembro de 2023 (-0,22%), houve uma “alta expressiva” de 0,71 p.p.
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“Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,16% e nenhum acordo coletivo firmado, registrou taxas menores que as observadas tanto em relação a agosto, quanto setembro do ano anterior”, explicou Augusto.
A queda observada em relação ao mês anterior (0,81%) e a setembro de 2023 (0,36%) foi de 0,65 e 0,2 p.p., respectivamente.
Os acumulados de janeiro a setembro foram: 1,75% (materiais) e 4,66% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 2,13% (materiais) e 5,32% (mão de obra), respectivamente.
Em relação aos índices regionais, o Nordeste se destacou com a maior variação mensal de setembro, que foi de 0,49%, além de apresentar alta na parcela dos materiais em todos os seus estados.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,27% (Norte), 0,34% (Sudeste), 0,12% (Sul) e 0,31% (Centro-Oeste).