PIB do Ceará avança 7,2%; acima da média nacional no 2º trimestre de 2024
Governador Elmano de Freitas apresentou o desempenho da atividade econômica no Estado em transmissão nas redes sociais
12:41 | Set. 25, 2024
O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará avançou mais do que a média nacional no 2º trimestre de 2024, informou o governador Elmano de Freitas (PT). O crescimento foi de 7,2% sobre o primeiro trimestre.
"O Ceará está crescendo mais do que o dobro do Brasil. Portanto, estamos no caminho correto", declarou Elmano em transmissão nas redes sociais.
Camilo na live
Elmano fez a transmissão acompanhado de Camilo Santana, ex-governador e ministro da Educação licenciado. Camilo cumpre agenda na Capital para promover a campanha do aliado dos dois, Evandro Leitão (PT), que é candidato a Prefeito de Fortaleza.
"Agradeço ao governador Elmano e parabenizá-lo pelo jeito de governar. É um jovem talentoso, pessoa simples e de diálogo. Ele faz essas lives para dialogar com a população. Como o presidente Lula sempre nos ensinou", disse Camilo.
O ex-governador e ministro da Educação licenciado lembrou de quando fez as lives durante a sua gestão. As transmissões tiveram início durante a pandemia de Covid-19, a partir de 2020.
Como foi o PIB Brasil?
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil voltou a surpreender o mercado e avançou 1,4% no 2º trimestre de 2024, no comparativo com o resultado dos primeiros três meses do ano. É a 12ª vez que o indicador que contabiliza a soma das riquezas geradas no País tem crescimento.
A expectativa de analistas era de um resultado mais modesto, de 0,9%. Na prática, a variação representa, em valores correntes, R$ 2,9 trilhões, segundo informou na manhã de ontem, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Ao contrário do que aconteceu ano passado, o crescimento do PIB se deve somente ao desempenho positivo da demanda interna, já que o setor externo está contribuindo negativamente para o crescimento da economia”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Os dados atestam ainda expansão em outros comparativos. Frente ao 2º trimestre de 2023, o avanço observado entre abril e junho de 2024 é de 3,3%. Já para o 1º semestre deste ano, o IBGE indica que o PIB do Brasil cresceu 2,9%.
Mas os destaques para o trimestre são o recuo da Agropecuária e os avanços significativos de Indústria, Serviços, consumo das famílias e Formação Bruta de Capital Fixo (os investimentos).
Agro em baixa
Principal responsável pelo avanço do PIB no ano passado, a agropecuária teve a colheita concentrada no primeiro trimestre e não apontou expansão. Ainda com a baixa de preços internacionais, o setor teve uma retração de 2,3% do setor no trimestre.
Em 2023, o chamado boom das commodities levou preços de itens como soja, milho e trigo a elevadas cifras e fez com que a produção brasileira tivesse resultados recordes, impulsionando a influência na atividade econômica do País.
As exportações mapeadas pelo IBGE para o cálculo do PIB no mesmo período chegaram a subir, mas a um patamar pequeno, de 1,4%. Diferente da importação, que chegou a marca de 7,6% no mesmo cálculo.
Indústria com energia
“Ao contrário do que aconteceu no ano passado, com protagonismo da agropecuária extrativa, a gente viu que o destaque deste trimestre foi a indústria”, observou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Foi um crescimento de 1,8% no setor, com o segmento de eletricidade e gás liderou a expansão da economia na indústria brasileira no 2º trimestre de 2024. Investimentos em novas usinas e a expectativa sobre o setor de gás com novas reservas a serem exploradas no País explicam o desempenho.
Também em alta, o segmento da construção fortaleceu o crescimento da indústria brasileira, ancorado especialmente na retomada de obras públicas e no mercado imobiliário.
A ampliação do Minha Casa Minha Vida - atendendo faixas da classe média - e o movimento de baixa da taxa de juros fez com que o lançamento e a venda de imóveis no período impulsionassem o setor entre abril e junho.
Mais consumo pelas famílias
Como Rebeca Palis apontou, os números se devem ao desempenho do mercado interno e o consumo das famílias, cujo peso para o PIB é maior, teve o principal destaque, “alavancada pelos bons momentos do mercado de trabalho, juros um pouco mais baixos, o aumento do crédito voltado para as famílias e os programas governamentais de transferência de renda.”
O avanço foi de 1,8% e refletiu sobre as demais áreas pesquisadas pelo IBGE. Os serviços tiveram crescimento de 1%, com atividades financeiras, de seguros e relacionadas entre as de maior percentual (2%).
“Olhando pela ótica da demanda, o que chama mais atenção é o crescimento dos investimentos”, observa a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,1%.