Ceará tem uma das menores desigualdades salariais entre homens e mulheres

No estado, o índice chega a 9,7%. A remuneração média feminina chega a R$ 2,6 mil, enquanto a masculina, R$ 2,9 mil

Com um índice de 9,7%, o Ceará é um dos três estados com as menores desigualdades salariais entre homens e mulheres no Brasil.

O Estado aparece junto com o Acre (9,7%) e Pernambuco (9,9%).

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Os dados foram divulgados no 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, publicado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres.

A média salarial nacional é de R$ 4.125,77, com um salário contratual médio de R$ 2.025,27.

O estudo abrangeu mais de 18 milhões de vínculos formais em 2023, com uma massa salarial total de R$ 782,99 bilhões.

No Ceará, remuneração média feminina chega a R$ 2.638,37, enquanto a masculina, R$ 2.909,19, uma diferença de R$ 270,82.

A discrepância é ainda mais perceptível quando se comparado mulheres negras, que recebem em média de R$ 2.424,74, com homens não negros, com um salário de R$ 3.574,10. A diferença é de R$ 1.149,36.

Brasil

A falta de equidade salarial entre mulheres negras e homens também é acentuada nos dados gerais do País.

Elas ganham, em média, R$ 2.745,26 — apenas 50,2% do salário de homens não negros, que chega a R$ 5.464,29.

“As mulheres negras estão concentradas na base da pirâmide, principalmente serviços domésticos, serviços de limpeza, serviços de alimentação, de saúde básica, nos serviços públicos e nas atividades de gerenciamento e direção”, ressalta Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do MTE.

A desigualdade é ainda mais acentuada em estados como Espírito Santo e Paraná, onde a média salarial das mulheres é 29% inferior a dos homens.

Em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, as mulheres ganham entre 27% e 28% a menos que os homens.

No Distrito Federal a média salarial é de R$ 5.735,13, superior à média nacional de R$ 4.125,77, e de estados como São Paulo (R$ 4.992,15), Rio de Janeiro (4.992,15), Minas Gerais (3.616,86) ou Rio Grande do Sul (4.145,98).

Portanto, o DF permanece com a mesma diferença salarial entre mulheres negras que ganham R$ 4.205,60 e homens não negros que recebem R$ 7.546,13 em média por mês. A diferença salarial entre mulheres e homens no DF é de 11,1%.

Índices de desigualdades salariais por estado

  • Acre: 9,7%
  • Alagoas: 10,7%
  • Amapá: 12,3%
  • Amazonas: 20,5%
  • Bahia: 19,7%
  • Ceará: 9,7%
  • Distrito Federal: 11,1%
  • Espírito Santo: 29,2%
  • Goiás: 22,7%
  • Maranhão: 15,7%
  • Minas Gerais: 24,9%
  • Mato Grosso: 27,7%
  • Mato Grosso do Sul: 27,1%
  • Roraima: 18,7%
  • Rondônia: 21,5%
  • Rio Grande do Norte: 19,5%
  • Paraíba: 15,4%
  • Pernambuco: 9,9%
  • Pará: 15,6%
  • Paraná: 29,1%
  • Piauí: 12,6%
  • Rio de Janeiro: 27,3%
  • Rio Grande do Sul: 20,8%
  • Santa Catarina: 28,3%
  • Sergipe: 16%
  • São Paulo: 21,6%
  • Tocantins: 18,7%

Mesmo mais escolarizadas, mulheres ganham menos do que os homens | Debates do POVO 8/3/24

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