88% das mulheres do Ceará assumiram trabalhos domésticos; homens foram 68%

A diferença percentual entre os gêneros no Estado ficou em 20 pontos nos afazeres domésticos e de mais de 14 nos de cuidados com pessoas, segundo o Ipece

As mulheres cearenses assumiram muito mais trabalhos domésticos e de cuidados com pessoas do que os homens no Estado.

Enquanto 88% delas que tinham 14 anos ou mais de idade realizaram alguma atividade de afazer doméstico no próprio domicílio, esse percentual chegou a ser de apenas 68% para eles.

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Uma diferença entre os gêneros observada de 20 pontos percentuais pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), com base no Sistema de Contas Nacionais (SCN) e a partir dos dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD/Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na análise apenas das tarefas de cuidados de moradores do domicílio ou de parentes não moradores, no Ceará, a diferença chega a mais de 14 pontos percentuais.

Isso porque as mulheres alcançam participação de 34,1% e os homens pouco menos de 20%.

Porém, Daniel Suliano, analista de Políticas e autor do Ipece Informe (Nº 253 – Setembro/2024) – Uma análise selecionada das outras formas de trabalho de 2016 a 2022, ressalta que na distribuição por sexo por ocupação no cuidado de pessoas ocorre uma predominância dos homens.

Isso significa que, entre eles, 64,4% exerceram algum cuidado pessoal, enquanto entre elas que estavam ocupadas esse percentual foi de 37,4%.

Também foi observada no estudo a taxa de realização das outras formas de trabalho, que é o percentual de pessoas que realizaram a atividade em relação ao total de pessoas de 14 anos ou mais de idade.

O índice feminino no Estado é de 89,5%, enquanto o masculino é de 72,8%.

No geral, o do Brasil é maior que o do Nordeste que, por sua vez, é maior que o do Ceará.

A taxa de realização nacional ficou em 87,3%; a do Nordeste em 83,8% e a do Ceará em 81,5%.

Para se ter ideia, fazem parte das outras formas de trabalho: a produção para o próprio consumo, cuidados de pessoas, afazeres domésticos, além do trabalho voluntário, investigados para a população de 14 anos ou mais de idade.

Quando se olha para faixas etárias cearenses, a maior taxa de realização está entre 25 a 49 anos, chegando a 90,3% em 2018 e recuando para 86,4% em 2022.

Na faixa de 50 anos ou mais chegou a 82,2%. Em todos os anos da série histórica, a menor taxa de realização ocorre entre aqueles de 14 a 24 anos.

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