Para secretário da Fazenda, balanço de riscos do cenário externo é menos adverso que antes
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta sexta-feira, 13, que o balanço de riscos do cenário externo se tornou menos adverso do que antes, devido principalmente à redução das incertezas em torno da redução dos juros americanos e de outras economias avançadas.
"Ao mesmo tempo que essa certeza cresceu, também ganharam importância algumas dúvidas quanto ao nível de atividade, tanto nos Estados Unidos, mas em particular na China", ele disse, durante uma entrevista coletiva para comentar o Boletim Macrofiscal divulgado nesta sexta pela pasta.
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Apesar dessas incertezas, o secretário afirmou haver sinais de desaceleração da demanda chinesa, mas que a expectativa ainda é de que a economia do país asiático cresça perto da meta, de 5%. Hoje, a expectativa oficial é de um crescimento de 4,8%, mas Mello afirmou que é necessário aguardar para ver o impacto das medidas adotadas pelo governo da China para garantir uma expansão maior.
Sobre os Estados Unidos, ele destacou que o mercado de trabalho tem desacelerado, confirmando um cenário de resfriamento da economia americana. Ao mesmo tempo, a inflação ao consumidor está em queda, com deflação "razoavelmente recorrente" nos preços de bens e menor inflação de alimentos.
O secretário disse, ainda, que conflitos geopolíticos e eventos climáticos extremos podem ter impactos na inflação global e, consequentemente, na do Brasil. Esses conflitos têm afetado o custo de fretes e podem ter impacto nos preços de energia, especialmente via petróleo, ele explicou.
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