Grande Fortaleza registra crescimento de 36% na venda de imóveis

O Valor Geral de Vendas (VGV) na Região Metropolitana (RMF) aumentou 23% e chegou a R$ 4,7 bilhões. A expectativa é que até o fim do ano esse montante ultrapasse R$ 6 bilhões

No acumulado do ano (janeiro a agosto) foram comercializadas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) 9.922 imóveis. O montante representou um aumento nas vendas de 36% se comparado a igual período de 2023.

Dentre os municípios, Fortaleza se sobressaiu com a venda de 6.259 residências. O restante foi dividido entre Aquiraz (623), Caucaia (1.564), Eusébio (969) e Maracanaú (507).

Entretanto, mesmo com um número de vendas maior na Capital, a Região Metropolitana (RM) se destacou com o maior aumento das vendas.

Enquanto as comercializações em Fortaleza aumentaram 24%, de 2.238 para 3.663 unidades, na RM aumentou 64%, de 5.045 unidades residenciais para 6.259 de janeiro a agosto.

Os dados são do Panorama do Mercado Imobiliário de Fortaleza e Região Metropolitana de julho e agosto realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Ceará (Sinduscon-CE) e divulgado nesta quinta-feira, 12.

Em relação ao Valor Geral de Vendas (VGV), de acordo com o diretor de estatística do Sinduscon-CE, Sérgio Macedo, a expectativa é que o VGV de 2024 ultrapasse os R$ 6 bilhões.

“O cenário é muito promissor e a expectativa é que o ano termine com esse mesmo desempenho positivo. Nossa projeção é chegarmos ao final do ano com um VGV superior a R$ 6 bilhões”, projeta o diretor.

Nos primeiros oito meses do ano esse valor já chegou a R$ 4,7 bilhões, o que representou um aumento de 23% em comparação com 2023.

Além disso, segundo o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, o mercado imobiliário da Grande Fortaleza se destaca em relação às demais capitais do Nordeste tanto no número de lançamentos quanto no de vendas.

“Esse destaque ocorre porque a cidade tem um plano diretor mais favorável a esse mercado, o território é grande, tem uma região metropolitana pujante e se consegue aprovar mais fácil projetos imobiliários do que em outras capitais”, comenta.

Na pesquisa, o cenário se divide entre os padrões de imóveis (econômico, médio e alto). A pesquisa revelada pelo Sinduscon apontou que o número de unidades de padrão econômico e dos demais padrões, que incluem o médio e o alto, comercializadas em Fortaleza aumentou 45% e 15%, respectivamente, em comparação com os primeiros oito meses do ano passado

Já na região metropolitana o crescimento foi maior. As unidades de padrão econômico vendidas cresceram 67% e a dos demais padrões cresceu 75%.

O VGV em Fortaleza dos dois padrões nesse período também teve acréscimo. O dos imóveis de padrão econômico chegou a mais de R$ 706,6 milhões, 76% a mais do que 2023, e o dos demais padrões a R$ 2,27 bilhões, no qual o crescimento foi de 5%.

No que se refere aos imóveis econômicos, que configuram também as moradias do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), Fábio aponta que Fortaleza é a capital do Nordeste que consegue desenvolver uma maior quantidade.

“Na Capital existem áreas grandes disponíveis para fazer o desenvolvimento do Minha Casa, Minha Vida e isso é um diferencial em relação, por exemplo, a Salvador que tem uma geografia complicada, ou a Recife, que tem um território muito pequeno.”

Os demais padrões, médio e alto, também se sobressaem, por causa da localização da Capital próxima ao litoral que possibilita “colocar vários produtos de praia com valor do metro quadrado mais alto” e do mercado de alto padrão que se destaca, em especial, com “o produto tipo condomínio fechado”.

Menos lançamentos

Ao mesmo tempo, o Sinduscon notou uma redução no número de lançamentos puxada pelo comportamento na Grande Fortaleza. Foram 63 novos empreendimentos nos primeiros oito meses de 2024 contra 68 em igual período de 2023 - uma redução de 7%.

Quando se é notado o número de unidades, há redução nas duas áreas investigadas. Foram 4.473 habitações em Fortaleza (24% a menos que o acumulado do ano até agosto de 2023) e 2.654 na região metropolitana (1% menor).

Para Sérgio Macedo essa diminuição na quantidade de lançamentos deve "ser momentânea em termo de aprovações de projetos". Ele afirma que o mercado sempre anda junto, "lançamento e venda é uma coisa muito parecida". 

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