Crediamigo: inadimplência cai e contratações crescem

Somente nos seis primeiros meses de 2024, foram desembolsados R$ 5,46 bilhões, representando 12,3% de acréscimo em relação ao 1º semestre de 2023

13:13 | Ago. 29, 2024

Por: Fabiana Melo
Sede do BNB, no Passaré, em Fortaleza: Os dados são do balanço do BNB e do levantamento do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) (foto: Fábio Lima)

A taxa média de inadimplência do programa de microcrédito urbano orientado, Crediamigo, do Banco do Nordeste (BNB), caiu de 6,2% para 4,3% em junho, ante o igual mês de 2023. A redução ocorre mesmo com o aumento nas operações do programa.

Somente nos seis primeiros meses de 2024, foram desembolsados R$ 5,46 bilhões, representando 12,3% de acréscimo em relação ao 1º semestre do ano anterior, em 1,81 milhão de operações, beneficiando diretamente 1,99 milhão de clientes, dos quais 68,2% são mulheres empreendedoras.

Vale ressaltar que a taxa considera os atrasos superiores a noventa dias. Os dados são do balanço do BNB e do levantamento do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).

Nos números gerais das linhas da instituição, a taxa de inadimplência nas operações do Banco do Nordeste (BNB) fechou o primeiro semestre de 2024 em 2,6%, valor 18,75% abaixo dos 3,2% registrados em junho de 2023. Uma diferença de 0,6 ponto percentual.

A queda foi bem superior à registrada em todo o Nordeste, que passou de 4,44% no primeiro semestre de 2023 para 4,13% em junho deste ano, com a diferença de 0,31 ponto percentual ou 7%.

Na comparação com a taxa de inadimplência no Brasil, o Banco do Nordeste também apresenta melhor resultado. Em junho, a taxa nacional ficou em 3,24%, resultado 0,28 ponto percentual abaixo do registrado no final do primeiro semestre do ano passado. A queda no Brasil foi de 8%.

Segundo o diretor financeiro e de crédito do BNB, Wanger Antônio de Alencar Rocha, a melhora na pontualidade das operações se deve ao cenário macroeconômico e a medidas impostas pelo Banco.

"O País apresenta melhoria na economia com aumento na taxa de ocupação e nos investimentos. A redução das taxas de juros também contribui para que as famílias possam pagar seus empréstimos com melhores condições. Além disso, melhoramos nossas operações e oferecemos aos clientes financiamentos e empréstimos com prazos adequados para cada um deles", explica.

De acordo com o executivo, o cenário econômico influencia de forma positiva na previsibilidade do valor das prestações a serem pagas ao longo dos anos.

Governo lança programa Acredita, com foco em micro e pequenos empresários | O POVO NEWS

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