Uece e Energia Pecém assinam acordo de R$ 2,5 mi para desenvolver biocarvão

Memorando de entendimento para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) na produção de carvão híbrido a partir da biomassa de coco

Biocarvão ou carvão híbrido a partir da biomassa do coco. O plano é desenvolver este tipo de combustível no Ceará para substituir o tipo mineral e dar o primeiro passo na transição energética da Usina Termelétrica (UTE) Pecém I, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Para isso, uma parceria de R$ 2,5 milhões foi fechada nesta quarta-feira, 26 de agosto, entre a Energia Pecém, responsável pela usina, e a Universidade Estadual do Ceará (Uece), por meio de um memorando de entendimento.

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O foco é na Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) do produto. A previsão do projeto em São Gonçalo do Amarante é durar 36 meses. A ideia da união é a avaliação da queima associada entre o biocarvão e o carvão mineral para a geração de energia.

Também será analisado o uso do biocarvão produzido a partir de resíduos de esgoto pelo processamento termoquímico do lodo da estação de tratamento de esgoto.

No caso, específico do coco como insumo foi levado em consideração o fato de o Ceará ser o maior produtor nacional do fruto e de os resíduos gerados pela casca do coco verde representarem até 70% do lixo gerado nas praias do Nordeste, em um montante de 2 milhões de toneladas por ano.

Para o processo, são previstas 12 etapas, que vão desde a viabilidade técnica, econômica e ambiental até a tecnologia demonstrada em ambiente operacional nas instalações da UTE Pecém, com a substituição do carvão mineral por carvão sustentável de forma gradativa.

Carlos Baldi, presidente da Energia Pecém, detalha que a nova tecnologia pode reduzir a emissão de CO2 na faixa de 20% a 45% como combustível da usina termelétrica de Pecém I. Ele enfatiza que a empresa tem investido “em prol de uma transição energética mais justa e de menor impacto”.

Segundo ele, o projeto busca atuar não somente na redução de resíduos de biomassa vegetal da região, mas também explorar o potencial energético desse material. A matéria-prima virá da região, a partir de uma operação logística aperfeiçoada.

De acordo com a coordenadora do projeto e docente da Uece, Mona Lisa Moura, a participação da universidade na parceria se dá por meio do Laboratório de Conversão Energética e Inovação e envolve profissionais pesquisadores e alunos ligados à instituição e ao Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).

“Entendemos que o projeto contribui para além da iniciativa de descarbonização da térmica, ampliando a capacitação de recursos humanos especializado na área no estado do Ceará”, ressalta a pesquisadora, nesse sentido. (Colaborou Adriano Queiroz)

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