Receita bruta dos serviços do CE esteve entre as 3 maiores do Nordeste em 2022

De acordo com o levantamento, o crescimento da receita no Estado foi o maior no Nordeste e passou de 15,6% para 18% entre 2013 e 2022

Com receita bruta de R$ 52,4 bilhões, o Ceará concentra 18% da receita do setor de serviços do Nordeste. O resultado foi o terceiro maior entre os estados da região, abaixo apenas da participação da Bahia (30,8%) e de Pernambuco (21,3%).

Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e retratam as características estruturais da oferta de serviços não financeiros pelas empresas brasileiras. A edição divulgada nesta quarta-feira, 28, é referente ao ano de 2022.

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De acordo com o levantamento, o crescimento da receita no Estado foi o maior no Nordeste, a sua contribuição passou de 15,6% para 18% entre os anos de 2013 a 2022.

Dentre os sete segmentos pesquisados, os que se destacaram no Ceará foram o de Serviços profissionais, administrativos e complementares, com participação de 31,4%, seguido por Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 23% e Serviços prestados principalmente às famílias, 18%.

Confira a participação na receita bruta dos demais segmentos:

  • Serviços de informação e comunicação: 16,6%
  • Outras atividades de serviços: 5%
  • Atividades imobiliárias: 4,9%
  • Serviços de manutenção e reparação: 1,1%

Ainda de acordo com a pesquisa, que considera o setor de prestação de serviços não financeiros, no Ceará são 34,4 mil empresas ativas, das quais são responsáveis por ocupar 398 mil pessoas e pagar um montante de R$ 10,2 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

O número de pessoas ocupadas na Unidade de Federação teve aumentou de 29%, o que representou um montante de 89,5 mil trabalhadores a mais, se comparado o ano de 2013 com 2022. Dos segmentos, três se destacaram com o número de pessoas empregadas:

  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 194 mil pessoas
  • Serviços prestados principalmente às famílias: 73,2 mil pessoas
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 53 mil pessoas

Cenário do Nordeste

Em contrapartida ao observado no Ceará, a receita bruta do setor de serviços no Nordeste foi a que teve maior redução do Brasil, e decresceu de 10,4% para 9,8%.

Outro destaque da região foi o salário médio mensal, que foi o pior do País. Os trabalhadores do ramo no Nordeste recebem 1,6 salário mínimo (s.m.).

O resultado foi 1,1 s.m. menor do que o apresentado na região com o maior rendimento médio, o sudeste (2,7 s.m.), e 0,7 s.m. menor do que a remuneração média nacional (2,3 s.m.).

Dos sete serviços analisados pela pesquisa no Nordeste, apenas no de serviços de informação e comunicação o salário foi maior que a média nacional, com 2,5 s.m. ao mês.

Confira a remuneração média de cada serviço no Nordeste:

  • Atividades imobiliárias: 1,2 s;m.
  • Serviços de manutenção e reparação: 1,2 s;m.
  • Serviços prestados principalmente às famílias: 1,3 s.m.
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,5 s.m.
  • Outras atividades de serviços: 1,9 s.m.
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 2,2 s.m.
  • Serviços de informação e comunicação: 2,5 s.m.

Cenário Nacional

No Brasil, o setor de prestação de serviços não financeiros abrangeu 1,6 milhão de empresas ativas e 14,2 milhões de pessoas ocupadas, montante que representou um recorde na série histórica que começou em 2007 e um valor 13,9% maior do que o observado em 2013.

A evolução na comparação com o ano de 2021 foi de 5,8%, o que corresponde a 773,1 mil pessoas a mais ocupadas em um ano. Em 2022, os salários, retiradas e outras remunerações recebidas por esses profissionais foi de R$ 518 bilhões.

Já em relação a receita apurada pelas empresas, a operacional líquida foi de R$ 2,7 trilhões e de valor adicionado bruto, R$ 1,5 trilhão.

Dos 7 segmentos, o que mais participou da receita operacional líquida foi o de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que entre 2013 e 2022 aumentou 1,2 p.p., e começou a responder por 29,8% do total dessa receita.

Veja a participação na receita bruta de cada região do Brasil:

  • Sudeste: 65,4%
  • Sul: 14,7%
  • Nordeste: 9,8%
  • Centro-Oeste: 7,4%
  • Norte: 2,6%

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