Fortaleza e Sobral aparecem entre 200 municípios mais competitivos do Brasil

Capital aparece na 96ª posição, destacando-se no funcionamento da máquina pública. Já o município do Interior é o 161º, mas lidera em qualidade da educação no País

Apenas dois dos 14 municípios cearenses com população igual ou superior a 80 mil habitantes aparecem entre os 200 mais competitivos do Brasil, conforme ranking elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP): Fortaleza, na 96ª colocação, e Sobral, na 161ª.

Ao todo, 404 municípios, que representam 60% da população brasileira, foram avaliados em três dimensões, 13 pilares socioeconômicos e 65 indicadores.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

No caso de Fortaleza, o principal destaque foi o funcionamento da máquina pública, avaliado como o sexto melhor do País.

A Capital também aparece entre as 100 cidades mais competitivas do Brasil em inovação e dinamismo econômico, onde figura na 38ª posição, e em acesso à educação, ocupando a 79ª posição.

O maior gargalo para a competitividade fortalezense é o meio ambiente, no qual o município aparece apenas na 377ª posição.

Já o município de Sobral aparece na 161ª posição. Liderando nacionalmente, contudo, o quesito qualidade da educação e aparece nas 100 primeiras posições em outros quatro pilares: acesso à saúde (14ª), capital humano (31ª), meio ambiente (34ª) e acesso à educação (45ª). Por outro lado, o município é o penúltimo em termos de segurança.

Na sequência dos municípios cearenses mais bem ranqueados aparecem duas cidades do Cariri: Crato, na 236ª colocação geral, e Juazeiro do Norte, na 263ª posição. O pilar mais competitivo da gestão cratense é o meio ambiente, que aparece como a 9ª melhor gestão do País. Como ponto fraco, o município patina em termos de inserção econômica, figurando apenas na 378ª posição.

Já a cidade vizinha, Juazeiro do Norte, tem comportamento semelhante entre seus extremos de pilares mais e menos desenvolvidos, embora com posições diferentes. Apresenta-se como a 90ª melhor competitividade ambiental e um pouco melhor ranqueada em termos de inserção econômica, aparecendo na 369ª colocação.

Os demais municípios cearenses ranqueados são: Iguatu (265ª), Maracanaú (267ª), Itapipoca (280ª), Tianguá (287ª), Quixadá (297ª), Caucaia (307ª), Pacatuba (317ª), Quixeramobim (327ª), Maranguape (330ª) e Aquiraz (342ª).

Município 'estreante'

Com base no Censo de 2022, Quixeramobim passou a figurar no ranking do CLP, no lugar de Aracati (que viu sua população ser reduzida em 12 anos) apenas nesta edição, que é a quinta realizada pelo centro de pesquisa.

Apesar de estreante, o município do Sertão Central já figura entre os 100 mais competitivos do País em quatro pilares, com destaque para qualidade de educação (4ª posição), acesso à educação (19ª), meio ambiente (23ª) e acesso à saúde (100ª). Por outro lado, a cidade é a antepenúltima no pilar inovação e dinamismo econômico.

Na última posição, entre os municípios mais competitivos do Ceará, aparece Aquiraz, que a despeito da baixa colocação geral, aparece bem ranqueado nos quesitos: acesso à educação (15ª posição), acesso à saúde (75ª) e telecomunicações (77ª).

Nesse último pilar, o município da Região Metropolitana de Fortaleza, possui a maior competitividade no Estado. O pior desempenho de Aquiraz é no quesito segurança, onde aparece na nona pior colocação nacional.

Bem-estar social

Para a diretora de Relações Governamentais e Competitividade do CLP, Carla Marinho, a avaliação dos municípios mais competitivos avança para além da capacidade de atrair investimentos.

“A gente entende que uma cidade competitiva é aquela que traz qualidade de vida e bem-estar social para a população. Por isso que a gente pega ali, dentro dos nossos 13 pilares, várias temáticas da gestão pública, principalmente, quando a gente fala do nosso pilar econômico”, pondera.

Sobre o número relativamente baixo de municípios cearenses e nordestinos, de um modo geral, entre os 200 mais competitivos, a pesquisadora destaca as dificuldades históricas enfrentadas. “A gente tem vários Brasis e é muito difícil a gente ficar fazendo comparações que não estejam dentro do mesmo recorte. É muito importante a gente olhar para esse recorte regional e entender as potencialidades e os desafios que ainda estão presentes em cada região”, pontua.

Ela destaca, por fim, que “quando a gente olha os municípios do Nordeste, tem-se uma mediana na colocação 308 e quando a gente fala do Ceará, os municípios estão um pouquinho melhor, na posição 284. Mesmo alguns municípios que estão em situações um pouco mais desafiadoras na colocação geral tem ainda grandes pontos de melhoria e de evolução”.

Tenha acesso a mais conteúdo em nossos canais digitais!

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Municípios Governos Municipais Competitividade Educação Saúde Meio Ambiente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar