Manifestação contra camarão importado reúne 500 pessoas e busca diálogo com governo

Luiz Paulo Sampaio, presidente da Associação de Produtores de Camarão do Ceará (APCC), deu detalhes sobre o evento

17:08 | Ago. 17, 2024

Por: Economia O POVO
O ato ocorreu na manhã deste sábado, 17 de agosto, em Limoeiro do Norte. (Fco Fontenele/OPOVO) (foto: FCO FONTENELE)

A manifestação contra a entrada do camarão importado no mercado brasileiro reuniu cerca de 500 produtores do crustáceo, os quais buscam levar a pauta ao secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Salmito Filho, e ao governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).

O ato ocorreu na manhã deste sábado, 17 de agosto, em Limoeiro do Norte, a 198,88 quilômetros de Fortaleza, no ginásio José Nilson Osterne.

Luiz Paulo Sampaio, presidente da Associação de Produtores de Camarão do Ceará (APCC), deu detalhes sobre o evento e disse que ficou definido na ocasião que o segmento irá se reunir na segunda-feira, 19, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) para organizar reunião com o Governo do Estado.

"Nós saímos com a pauta de nos reunirmos na segunda-feira na Faec para marcar uma audiência com o governador. Inicialmente, vamos procurar o secretário de Desenvolvimento Econômico, deputado Salmito, e, através dele, chegar até o governador com nossa demanda", detalha.

Além disso, Luiz Paulo acredita que a demanda para a suspensão da importação de camarão tende a ser ouvida pelo governador, citando que o Estado é um maior produtor do crustáceo no Brasil e que isso deverá ser considerado para ajudar o setor produtivo.

Segundo Luiz, o presidente da Faec, Amílcar Silveira, e membros de outras entidades do setor e do próprio município de Limoeiro do Norte estiveram no evento deste sábado.

A manifestação teve o objetivo de pressionar o Ministério da Agricultura a acatar o pleito do setor produtivo de suspender a importação de camarão de países que comprovadamente possuem doenças que não estão presentes no Brasil, afirma Luiz.

"Isso pode impactar de forma devastadora a nossa cadeia produtiva. O exemplo do que aconteceu na Ásia é suficiente para justificar essa suspensão", disse.

"É uma manifestação em favor dos criadores de camarão do Brasil e a Faec está ao lado dos carcinicultores cearenses", acrescentou.

A expectativa inicial era reunir mais de 800 produtores de todo o Estado.

*Em colaboração com Révinna Nobre

 

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