Cesta Básica da Grande Fortaleza teve deflação de 2,84% em julho; veja produtos

O resultado veio da baixa de preços de cinco produtos. Com isso, um trabalhador chega a desembolsar R$ 677,53 para comprar uma cesta

O conjunto de 12 produtos que compõem a cesta básica da Grande Fortaleza registrou deflação de 2,84% na passagem dos meses de junho para julho. 

O resultado veio da baixa de preços de cinco produtos. Com isso, um trabalhador chega a desembolsar R$ 677,53 para comprar uma cesta, considerando o valor base do salário mínimo vigente no País (R$ 1.412).

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Os dados são de levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta terça-feira, 6 de agosto, e mostram que o fortalezense precisa desprender de 105h e 34 minutos de sua jornada de trabalho mensal para adquirir os 12 itens.

Mas, vale frisar que se for considerado o gasto com alimentação de uma família padrão (dois adultos e duas crianças), o preço sobe para R$ 2.032,59.

Em outra visão, quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), o trabalhador comprometeu, em julho, 51,87% do salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

Na análise mensal do comportamento dos preços, os preços caíram em:

  • Tomate (-17,03%)
  • Feijão (-3,10%)
  • Farinha (-2,01%)
  • Banana (-1,79%)
  • Arroz (-1,23%)

Já as altas ficaram com

  • Manteiga (3,28%)
  • Café (2,68%)
  • Leite (2,64%)

Açúcar (1,56%), carne (1,05%), pão (0,61%) e óleo (0,42%) tiveram alterações, mas abaixo de 2%.

A pesquisa do Dieese também traz a análise semestral, considerando até o mês de julho. Nesta base de comparação, a cesta básica de Fortaleza registrou inflação de 9,58%. 

Em suma, a alimentação em julho de 2024 (R$ 677,53) está mais cara do que em janeiro de 2024 (R$ 618,32) e também acima do preço observado em julho de 2023 (R$ 661,50).

No semestre, os produtos em queda foram

  • Feijão (-9,07%)
  • Farinha (-5,51%)
  • Óleo (-3,23%)

Destaques nas elevações nos preços vão para:

  • Tomate (72,15%)
  • Café (28,56%)
  • Banana (9,76%)
  • Manteiga (8,12%)

Na série de 12 meses, principais quedas foram em

  • Farinha (-13,96%)
  • Feijão (-12,98%)
  • Tomate (-2,95%)

As maiores elevações foram de

  • Café (28,04%)
  • Arroz (25,24%)
  • Banana (22,66%)
  • Manteiga (10,37%)

Cesta básica do brasileiro

Já o valor do conjunto dos alimentos básicos pelo País reduziu em todas as 17 capitais onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Reduções importantes foram no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

Já São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 809,77), seguida por Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio de Janeiro (R$ 757,64).

No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

Qual deveria ser o valor do salário mínimo

O Departamento ainda analisa qual deveria ser o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas.

Para isso, toma como base a cesta mais cara, que, em julho, foi a de São Paulo.

Leva em conta ainda a determinação constitucional que estabelece que mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Portanto, em julho, o valor necessário deveria ter sido de R$ 6.802,88 ou 4,82 vezes o mínimo de R$ 1.412.

Em junho já era um pouco mais, de R$ 6.995,44 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo.

Já em julho de 2023 era de R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.320.

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