Processo para atrair empresas para terminal de gás no Ceará será em agosto, diz governo
Estado está sem abastecimento próprio de gás após decidir finalizar o contrato com a Petrobras. Combustível vem do Rio Grande do Norte e Companhia do Complexo do Pecém anuncia que vai abrir processo de atração de nova operadora
12:41 | Jul. 31, 2024
Na ocasião de falha no gasoduto, hospitais, condomínios e indústrias em território cearense ficaram dependentes apenas de um fornecedor privado, a 3R Petroleum, segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro/CE-PI) e fontes do mercado.
Diante da situação, a Companhia de Gás do Ceará (Cegás) chegou a frisar que é assegurado que não há risco de desabastecimento. O que os especialistas do mercado também atestam. O cerne está em gás para expansão de empreendimentos.
Faz parte ainda do movimento de regás "permitir o uso do gás natural para a transição energética, substituindo carvão e óleo combustível nos usos térmicos e não térmicos", segundo detalhou a Cipp SA.
Atualmente, devido à restrição de gás no Ceará, já houve impactos. Exemplo é o que relatam dirigentes do Sindipetro/CE-PI, que, segundo eles, a Termoceará, da Petrobras, ficou sem gás e tem usado diesel para produzir energia para o País. O que encarece a conta de luz do brasileiro.
A própria Petrobras confirma o uso do diesel e acrescenta que a ocorrência na TAG limitou a capacidade de atendimento "à UTE Vale do Açu, localizada também no Estado do RN."
Em nota ao O POVO, a empresa complementou que, no dia 24 de junho, a estatal e os demais usuários do serviço de transporte da TAG foram notificados sobre a ocorrência no sistema de transporte da TAG no Rio Grande do Norte.
Porém, a TAG reforçou que o atendimento a termelétricas no Ceará e Rio Grande do Norte foi limitado não pela empresa, mas em função da saída do terminal de GNL de Pecém.
Com informações da jornalista Ana Luiza Serrão