Vivo lucra R$ 1,2 bilhão no 2º trimestre, com avanço anual de 8,9%

Relatório da Ativa Investimentos vê balanço em linha com o esperado, com exceção do lucro

10:03 | Jul. 30, 2024

Por: Ana Luiza Serrão
A gestão da Vivo vê um fortalecimento no ecossistema digital. (Foto:Aurelio Alves/Jornal O POVO) (foto: Aurelio Alves)

Dona da Vivo, a Telefônica Brasil lucrou R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre deste ano, registrando um crescimento de 8,9% em relação a igual período do ano anterior. Relatório da Ativa Investimentos vê balanço em linha com o esperado, com exceção do lucro.

Para a corretora de investimentos, o lucro líquido da Vivo foi inferior às expectativas devido às depreciações e amortizações maiores, mas acredita que os demais números seguem sólidos, com possível reação neutra do mercado às ações nesta terça-feira, 30.

"A empresa segue mostrando boa geração de caixa e disciplina em seus desembolsos de capex (gastos de capital)", cita a Ativa. O fluxo de caixa livre subiu 23,1% no ano a ano, para R$ 3,1 bilhões. E o capex atingiu R$ 2,3 bilhões, com alta de 4,1% na base anual.

O presidente (CEO) da Vivo, Christian Gebara, enxerga o balanço com uma consistência de crescimento ao longo dos trimestres, principalmente em termos de receitas, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro.

A receita líquida da Telefônica foi de R$ 13,6 bilhões no período, com uma alta anual de 7,4%. Quase o mesmo avanço do Ebitda no período, de 7,3%, o equivalente a R$ 5,4 bilhões no segundo trimestre. Já a margem Ebitda ficou em 39,9%.

"Isso (resultado) se deve à estratégia de oferecer serviços que potencializam a digitalização dos clientes, sejam eles consumidores ou empresas, mantendo a nossa liderança no segmento móvel e fibra", esclareceu Gebara.

Em contrapartida, os custos dos serviços e produtos vendidos pela Vivo cresceram 5,8% no ano a ano, enquanto os custos da operação e custos com pessoal também avançaram 8,3% e 7,7%, respectivamente.

"Apesar dos incrementos anuais de custos e despesas operacionais, o novo avanço nas receitas móveis e fixas levou Vivo a apresentar um resultado operacional consistente e próximo das expectativas", na visão do analista Ilan Arbetman, da Ativa.

A gestão da empresa vê um fortalecimento no ecossistema digital, em áreas como finanças, entretenimento, saúde, bem-estar e educação.

Com investimentos de R$ 2,3 bilhões, houve reforços da rede móvel, com foco na cobertura 5G, bem como na rede de fibra. A companhia finalizou o trimestre com uma base de 114,7 milhões de acessos, dos quais 100,9 milhões foram da rede móvel.

"São repetidos trimestres com números sólidos e forte retorno financeiro aos nossos acionistas", pontuou Christian. De 2024 a 2026, a operadora pretende distribuir um valor igual ou superior a 100% do lucro líquido aos acionistas.

A Ativa Investimentos tem recomendação 'neutra' para as ações ordinárias da Vivo (VIVT3), com um preço-alvo de R$ 50. No último pregão, os papéis fecharam a R$ 48,25. Mas acumulam queda de 2,38% neste ano.

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