Ceará tem o maior número de pedidos via delivery do Nordeste; veja

Fortaleza é a principal cidade teste do Ifood e está entre as seis cidades do País com maior número de pedidos; veja ranking das comidas mais pedidas

09:08 | Jul. 29, 2024

Por: Gabriel Gago
FORTALEZA, CE, BRASIL, 06-05-2020: - Atualmente, o Ifood opera em 1.500 cidades brasileiras (foto: Alex Gomes/Especial para O POVO)

Um levantamento divulgado no primeiro Media Day do Ifood mostra que o Ceará é o nono com maior número de pedidos do Brasil, sendo o primeiro entre toda a região Nordeste. Fortaleza é a sexta cidade brasileira com maior número de pedidos.

A capital cearense também aparece como a principal cidade teste do Ifood para redução de custos de alimentação e ao mesmo tempo ter maior densidade. Confira mais abaixo as comidas mais pedidas.

A redução de preços é estudada, em especial, na hora do almoço e no preço das marmitas, de acordo com o CEO do Ifood, Diego Barreto. 

Atualmente, o Ifood opera em 1.500 cidades brasileiras. A expansão não é de cidades e nem para outros países, mas sim para as "verticais das cidades, para supermercados, farmácias, pet shops, e está em fase de testes os shoppings centers", pontua Diego.

Na visão do diretor-executivo, quanto menor a cidade, mais rentável ela é. Ele justifica que a complexidade de operação é mais baixa. Por isso, o Ifood não busca ir além das cidades já abrangidas.

"Abaixo de 50 mil habitantes, não funciona mais. O cara levanta, vai na praça comer um espetinho, demora 37 segundos. Não há dinâmica social. Em cidades turísticas, como Trancoso [distrito na Bahia], é pequena, mas ela vai ter o Ifood. É uma exceção. Por isso a lógica é expandir verticalmente", ressalta. 

A empresa está presente em mais de 370 municípios nordestinos, sendo a terceira região com o maior volume de pedidos que a plataforma registra mensalmente, com 12,7%. O Nordeste também concentra a segunda maior quantidade de entregadores parceiros, representando 12%.

Regulação dos entregadores e maior segurança à categoria

Durante o Media Day, o tema sobre a regulação dos entregadores foi debatido. "Os entregadores precisam de regulação, precisam de proteção social, precisam de direitos mínimos. As empresas precisam pagar a maior parte dessa conta", disse Diego Barreto.

Ainda segundo o CEO do Ifood, a grande discussão é sobre o modelo da previdência. Ele explica que dos 10 pontos mencionados no texto da Lei, nove estão consensados. "O modelo, não a previdência, é o único ponto de discussão que resta na mesa entre nós [Ifood e Governo Federal]", finalizou Diego.

No evento, um slide mostrava o escopo da proposta governamental. As questões centrais citavam:

  • O trabalhador será considerado autônomo (77% preferem manter o modelo CLT; 87% querem garantia de direitos, desde que haja flexibidade);
  • Plataforma intermedia;
  • Transparência na alocação de pedidos, além de bloqueios e desativações;
  • Ganhos por hora e contrbuição previdênciária sobre o salário líquido (ganho por hora logada ainda é exigência das lideranças; Para o Ifood, o valor proposto pelo Governo Federal é incompatível com o mercado);
  • Inclusão previdênciária sem regressividade, com benefícios efetivos da previdência (32% sem previdência. O Ifood aponta mensalidades caras, fixas, com 21% sem interesse; 63% topam o recolhimento automático, mas proposta do Governo fortalece MEI);
  • 37% dos entregadores concordam em continuar nas plataformas digitais; 24% preferem as atividades não plataformizadas;
  • 76% dos entregadores não são sindicalizados, só 2 em cada 10 participaram de alguma atividade política e sindical. 

Conforme estudo da Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), o perfil dos entregadores é majoritariamente de homens (97%), com idade média de 33 anos. Negros são maioria, com 68%. 

Um entregador pode receber, líquido, entre R$10 e R$19. O valor bruto é de R$ 23 por hora trabalhada. O ganho mensal de uma jornada de 40 horas é equivalente entre R$1.980 e R$3.039. 

Outras estatísticas da Cebrap mostram que 67% trabalhavam antes do aplicativo e 33% eram desempregados. Hoje, 48% têm outros trabalhos, enquanto 52% exercem entregas via aplicativos como única atividade. 

Em janeiro de 2024, o Ifood inaugurou os canais de denúncia para as vítimas e prevê como vai investigar e punir agressores na plataforma, seja cliente, entregador ou loja. Atualmente, 48% das rotas são consideradas seguras. A meta é aumentar para 67% no decorrer dos anos.

Veja o ranking das comidas mais pedidas no Nordeste

No ranking das comidas mais pedidas no Nordeste estão:

  1. Hambúrgueres
  2. Pizzas
  3. Cortes bovinos
  4. Cortes de aves
  5. Açaís

*O jornalista foi enviado a São Paulo a convite do Ifood

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