Cebola, batata e arroz encareceram mais em um ano, aponta levantamento

O monitoramento mensal é realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

A cebola apresentou um aumento de 76,8% nos últimos 12 meses. É o que aponta o monitoramento mensal realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Em igual período, a batata registrou um crescimento de 69,9% e o arroz de 30,15%. De janeiro a junho, o consumo nos lares brasileiros encerrou o período em alta acumulada de 2,29%.

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Na comparação com junho do ano anterior, o indicador registrou elevação de 0,31%. Por outro lado, em relação à maio deste ano, houve uma queda de 1,8%.

De acordo com o estudo, o recuo do consumo em junho resulta do expressivo e pontual aumento no volume de doações de alimentos, de itens de higiene e limpeza ao Rio Grande do Sul.

Além disso, em maio, o consumo nos lares havia encerrado o mês em alta de 6,52% impulsionado ainda por outros fatores como a celebração do Dia das Mães e do aumento sazonal da demanda de arroz para formação de estoques nos domicílios.

Todos os indicadores são medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.

Para o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o semestre foi encerrado de forma positiva e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%.

"A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior."

Ainda conforme a pesquisa, os principais recursos que movimentaram o consumo no período foram a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios liberados em fevereiro pelo governo federal e do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em abril.

Outros recursos vieram do programa Pé-de-Meia, dos repasses do Bolsa Família, do pagamento do PIS-Pasep, assim como do Auxílio-Gás e da restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2024.

Cesta do Nordeste custa R$ 685,03 em junho

Na análise regional, em junho, as variações nos preços por região foram: Sudeste (+1,83%), Centro-Oeste (+1,30%), Sul (+1,01%), Norte (+0,86%), Nordeste (+0,47%).

Com isso, o Nordeste mantém a cesta mais barata dentre as regiões com preços passando de R$ 681,84 para R$ 685,03.

No Sudeste, os valores passaram de R$ 753,19 para R$ 766,94, no Centro-Oeste de R$ 701,02 para R$ 710,14.

A região Sul tem a cesta mais cara do País e os preços passaram de R$ 839,60 para R$ 848,07. Em seguida, está a cesta da região Norte, indo de R$ 820,23 para R$ 827,88. 

Já no recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 1,09% em junho,
passando de R$ 313,38 para R$ 316,79.

As principais altas vieram do leite longa vida (7,43%), do café torrado e moído (3,03%), do arroz
(2,25%), do queijo (1,50%) e do óleo de soja (0,78%).

Já as quedas foram puxadas por feijão (-4,29%), açúcar refinado (-0,56%), margarina cremosa (-0,52%), farinha de trigo (-0,47%), massa sêmola de espaguete (-0,42%), farinha de mandioca (-0,38%) e carne bovina – cortes do dianteiro (-1,04%).

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