Prévia da Inflação da Grande Fortaleza foi a 3ª maior do Brasil, em 12 meses

O índice foi de 4,98% no período. A alta foi puxada, principalmente, pela batata-inglesa, manga, cebola, laranja-pera e alho

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) chegou a 4,98% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. A taxa foi a terceira maior do Brasil no acumulado de 12 meses.

Além disso, a média foi 0,53 ponto percentual (p.p.) maior do que a observada nacionalmente (4,45%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entretanto, em relação ao mês de julho, a média da inflação da RMF foi de 0,25%, 0,23 p.p. menor que a de junho (0,48%) e 0,05 p.p. mais baixa que a do Brasil.

Já no acumulado do ano, a taxa da Grande Fortaleza foi a quarta maior entre as capitais pesquisadas, com 2,93%. Ficando atrás apenas de Belo Horizonte (4,05%), Belém (3,12%) e Salvador (3,06%).

O índice, no período, foi 0,11 p.p. mais alto do que o apontado nacionalmente (2,82%).

Dos nove grupos pesquisados, cinco apresentaram elevação no mês de julho, com destaque para as despesas pessoais (1,05%), maior inflação na categoria do País.

Os ítens que mais contribuíram com esse aumento foram: hospedagem (5,14%), cinema, teatro e concertos (3,76%) e pacote turístico (3,31%).

Confira os grupos com inflação:

  • Transporte: 0,7%
  • Saúde e cuidados Pessoais: 0,38%
  • Habitação: 0,28%
  • Comunicação: 0,2%

Por outro lado, quatro grupos passaram por deflação:

  • Alimentação e bebidas (-0,24%)
  • Vestuário (-0,13%)
  • Artigos de residência (-0,12%)
  • Educação (-0,01%)

A baixa na categoria de alimentação e bebidas foi puxada, principalmente, pelos tubérculos, raízes e legumes (-11,64%), como, por exemplo, a cenoura (-19,26%), o tomate (-19,2%) e a cebola (-13,37%).

Confira os itens que ficaram mais caros em julho

  • Passagem aérea: 25,64%
  • Manga: 15,94%
  • Alho: 8,76%
  • Fubá de milho: 5,93%
  • Hospedagem: 5,14%

Confira os itens que ficaram mais baratos em julho

  • Cenoura: -19,26%
  • Tomate: -19,2
  • Cebola: -13,37
  • Maracujá: -12,7
  • Alcatra: -11,64

Já, em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, 8 dos 9 grupos pesquisados tiveram inflação. O único com decréscimo foi o artigos de residência (-0,49%).

As maiores inflações do período foram na batata-inglesa, com 75,25%, manga (72,27%), cebola (69,25%), laranja-pera (57,34%) e alho (42,16%). Todos do grupo de alimentação e bebidas (5,4%). Porém, o grupo que mais aumentou foi o de educação, com 8,87%.

Cenário nacional

No Brasil, a prévia da inflação ficou em 0,3% em julho, 0,09 p.p. abaixo da taxa de junho (0,39%) e 0,16 p.p. acima da de julho de 2023 (-0,07%). Já no acumulado do ano e dos últimos 12 meses a taxa foi de 2,82% e 4,45%, respectivamente.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta neste mês. A maior variação veio de Transportes (1,12%), seguido por Habitação (0,49%). Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta.

Confira as demais variações:

  • Saúde e cuidados Pessoais: 0,33%
  • Despesas pessoais: 0,32%
  • Artigos de residência: 0,24%
  • Comunicação: 0,09%
  • Educação: 0,06%
  • Vestuário: -0,08%

No grupo Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio recuou 0,7% em julho. Contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,6%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%).

No lado das altas, destacam-se o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,8% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho).

No grupo Habitação (0,49%) foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,2%) com a bandeira tarifária amarela, que passou a vigorar neste mês.

No grupo Transportes (1,12%), as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 p.p. no índice de julho.

Em relação aos combustíveis (1,39%), gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.

Quanto aos índices regionais, dez áreas de abrangência tiveram alta em julho. A maior variação foi observada em Brasília (0,61%). Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,05%).

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