Mais de cem mil cearenses trocaram de operadora de telefonia em 2024

| Portabilidade | Mais da metade fez a troca de empresa mantendo o número entre abril e junho. Movimento, no entanto, é 3,82% menor que o observado na primeira metade do ano passado

A insatisfação com o serviço prestado e a busca por um melhor custo-benefício fizeram com que 100,59 mil cearenses trocassem de operadora de telefonia entre janeiro e junho de 2024. A chamada portabilidade numérica garante que o usuário mantenha o número do telefone mesmo mudando de companhia.

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Os dados compilados pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), entidade responsável pelo serviço, indicam ainda um volume de troca bem maior no serviço móvel prestado no Ceará.

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No total, ao longo do primeiro semestre deste ano, 86,09 mil clientes optaram por outra operadora de telefonia móvel. Simultaneamente, outros 14,5 mil usuários de telefonia fixa fizeram o mesmo movimento no período.

Mas as milhares de trocas computadas ao longo do ano representaram, no fim das contas, uma redução de 3,82% quando comparadas às 104,57 mil portabilidades feitas na primeira metade de 2023, segundo a ABR Telecom.

A entidade aponta um movimento diverso entre os tipos de usuários. Enquanto a portabilidade no fixo cresceu 14,17% entre janeiro e junho - 14,5 mil (2024) contra 12,7 mil (2023), a de móvel caiu 6,25% - 86,09 mil (2024) ante 91,83 mil (2023).

Trimestre de mais mudanças

Os números contabilizam mudanças nos DDDs 085 e 088. A ABR Telecom explica que "o modelo de portabilidade numérica no Brasil, definido pela Anatel, determina que as trocas devem ser solicitadas pelos usuários sempre dentro do mesmo serviço, isto é, de móvel para móvel ou fixo para fixo, e na área de alcance do mesmo DDD."

Quando o período de comparação é o segundo trimestre, a entidade indica um aumento de portabilidade no Ceará nos dois tipos de serviço. Entre abril e junho, a alta na troca de operadoras mantendo o mesmo número foi de 21%.

Ao todo, 55,64 mil cearenses optaram por mudar de empresa. Dos quais 8,58 mil foram usuários de telefonia fixa (alta de 50,2%) e 47,06 mil de telefonia móvel (alta de 17,06%).

Perdas e ganhos de chips

Todo o processo de saída de uma operadora para outra dura, no máximo, três dias. É possível ainda agendar a transferência. Mas a facilidade não motiva o cearense a encarar o processo. Afinal, as pouco mais de cem mil portabilidades concluídas em 2024 não representam nem 1% dos mais de 9 milhões de usuários de telefonia.

O movimento não foi capaz de alterar a participação de mercado das três principais - e únicas, até o mês passado - operadoras móveis em atividade no Estado. Claro, Vivo e TIM - nesta ordem - mantiveram cerca de 3 milhões de usuários cada de janeiro a junho.

As empresas disputam a liderança do mercado local sem rivais até meados do semestre, quando a Brisanet iniciou a venda de chips. Em maio, a operadora cearense contava com apenas 1% deste mercado.

Já quando o assunto é telefonia fixa, o cenário muda. Inicialmente, observa-se uma decadência do serviço. Isso porque 2024 começou com um total de 515,5 mil contas ativas e terminou junho com 495,1 mil.

Neste nicho, a disputa é maior. Mas a quantidade de portabilidades feitas é bem inferior, o que não muda a configuração da disputa pelo mercado. A Oi ainda domina a preferência do usuário, com total de 30,4%, seguida por Brisanet (24,4%), Claro (17,1%), Vivo (10,5%), Datora (7,7%) e Algar (3,8%) nas cinco primeiras colocações.

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