Movimentação de cargas na ZPE Ceará cresce 5,8% no 1º semestre de 2024

Segundo o presidente da ZPE Ceará, Fábio Feijó, o indicador mostra a pujança econômica da indústria cearense que passa pela Zona de Exportação

12:28 | Jul. 19, 2024

Por: Ana Luiza Serrão
O foco da agenda será a prospecção de investimentos para o Ceará (foto: FABIO LIMA)

A Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE) movimentou 5.194.800 toneladas de cargas no primeiro semestre deste ano, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), um crescimento de 5,8% em relação a igual período do ano passado.

Segundo o presidente da ZPE Ceará, Fábio Feijó, o indicador mostra a pujança econômica da indústria cearense que passa pela Zona de Exportação, cuja as operações funcionam, de forma ininterrupta, durante 24 horas por dia ao longo dos sete dias da semana.

Fábio diz que os números são um demonstrativo do quanto o parque industrial cearense está crescendo, no que tange à exportação e ao próprio mercado interno; citando, ainda, uma alta de 18,4% nas cargas movimentadas entre o primeiro e o segundo trimestre em 2024.

No segundo trimestre, a ZPE Ceará contou, de forma detalhada, com uma movimentação de mais de 2,8 milhões de toneladas de cargas, o que, em comparação com o segundo trimestre de 2023, também mostra um crescimento positivo de 8,34%.

"Crescemos mais do que no ano passado e a tendência este ano é crescer mais ainda. Foi 18% a mais de crescimento só comparando trimestre com trimestre deste ano", pontua Fábio, que vê a otimização de processos dar mais celeridade às operações.

"Com a utilização do nosso Sistema Integrado de Controle Aduaneiro (Sica), o acesso de veículos à nossa área alfandegada ocorre em menos de um minuto, sem uso de papel. A meta é seguir modernizando nossos procedimentos operacionais", pontua.

Cargas na ZPE

No primeiro semestre, a principal carga movimentada na ZPE Ceará foi o minério de ferro, acumulando 2.327.397 toneladas, o equivalente a um avanço de 18% em relação a igual período do ano anterior.

Já as placas de aço produzidas na usina siderúrgica ArcelorMittal Pecém, localizada no Setor 1 da ZPE, responderam a 1.433.248 toneladas, um montante 6,6% maior ao registrado nos seis primeiros meses de 2023.

Na visão de Fábio Feijó, o cenário indica "que a economia cearense está muito bem e que o instrumento Zona de Processamento de Exportação também está indo muito bem; e ratifica que essa política pública é importantíssima para o Estado do Ceará."

Outra carga que contou com movimentação considerável no período foi o carvão, com 1.331.070 toneladas (t), que representa alta de 65,7% entre o primeiro semestre deste ano e o primeiro semestre do ano passado.

Coque (53.665 t), oxigênio (15.996 t), refratário (9.951 t), ferro manganês (9.065 t), nitrogênio (7.738 t), aparelhos, máquinas, motores e peças (3.843 t) e argônio (2.828 t) também tiveram um bom desempenho na movimentação de cargas.

Hidrogênio Verde

A ZPE Ceará dispõe de seis pré-contratos assinados para instalação de unidades fabris de hidrogênio verde (H2V) no Porto do Pecém, envolvendo as empresas AES Brasil, Casa dos Ventos, Cactus Energia, Fortescue, FRV e Voltalia.

Estes documentos somam mais de US$ 8 bilhões em investimentos até 2030, e levam a mais de 500 hectares reservados no Setor 2 da ZPE Ceará. A estimativa é que haja incremento nos 80 mil empregos diretos e indiretos que já existem na região. Este número pode dobrar.

"Precisamos ampliar e avançar em novos segmentos para poder atrair conquistas e toda a estrutura que já fizemos para novas indústrias e novos projetos, por exemplo, o hidrogênio verde e outros", detalha Fábio.

“Estamos em negociações avançadas para consolidar os projetos de hidrogênio verde no Setor 2. Queremos ir além, com a chegada de novos projetos e novas oportunidades de emprego e renda para a população cearense”, acrescenta.

O Porto do Pecém como a casa do hub de Hidrogênio Verde

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