Camil lucra R$ 78 milhões no 1º trimestre, com pouco impacto na safra de arroz do RS
Resultado ocorreu em meio às enchentes que assolaram a safra de arroz no Rio Grande do Sul, mas que geraram pouco impacto para os grãos da empresaA Camil divulgou um lucro líquido de R$ 78,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 22,6% em relação a igual período de 2023. O resultado ocorreu em meio às enchentes que assolaram a safra de arroz no Rio Grande do Sul, mas que geraram pouco impacto para os grãos da empresa.
A companhia explicou que o período foi marcado por dificuldades logísticas no Rio Grande do Sul, apesar de as plantas produtivas da Camil não terem sido impactadas. "Não medimos esforços para conseguir realizar o escoamento da produção e atender aos nossos clientes", disse no balanço.
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Segundo os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto do Itaú BBA, a Camil registrou resultados e margens melhores do que o esperado, com volumes sólidos no segmento de grãos. "Mantemos nossa visão positiva de longo prazo para a empresa, (...) mas reconhecemos que são necessários gatilhos de curto prazo."
"Os volumes de grãos estão crescendo à medida que os estoques no varejo se normalizam. A melhoria contínua na dinâmica de venda pode ser um ponto-chave monitorado pelos investidores daqui para frente", acrescentaram em relatório, com um preço-alvo da ação ordinária da Camil de R$ 12 para 2024.
Um dos principais pontos de análise do mercado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) da Camil foi de R$ 254,5 milhões no primeiro trimestre, com crescimento anual de 28,2%. Já a margem Ebitda foi de 8,8%, cerca de 1,3 ponto percentual maior que no ano anterior.
A receita líquida da empresa atingiu R$ 2,89 bilhões nos primeiros três meses deste ano, avançando 9,3% no ano a ano. "Mantemos o otimismo ao observar as oportunidades de expansão nos resultados das novas operações e o potencial de crescimento das categorias de alto valor para os nossos negócios", citou.
O segmento de "alto valor" da Camil inclui pescados enlatados, massas, biscoitos e cafés, enquanto o de "alto giro" trata dos grãos e açúcar. Já a área "internacional" dispõe de operações no Uruguai, Chile, Peru e Equador. As marcas Namorado, União e Coqueiro são algumas das que integram a Camil.
O volume anual de produtos da companhia recuou 4,6% devido à queda internacional de 17,5%, "com descasamento das exportações no Uruguai, comparado ao ano anterior, parcialmente compensado por maiores volumes no Brasil de alto giro (0,3% ano a ano) e alto valor (5,8% ano a ano)."
"Estamos focados na execução do nosso plano de otimização e revisão de despesas, visando maior eficiência e a identificação de novas sinergias nas aquisições realizadas", acrescentou a diretoria da Camil no balanço dos resultados, divulgado na quinta-feira, 11.
Um outro foco da companhia tem sido a agenda ambiental, social e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês), voltada ao desenvolvimento sustentável, com a Camil sendo incluída na nova composição do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) em 2024.
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