Governo do Ceará escolhe consórcio europeu para operar amônia no Pecém

Em relação às negociações da área de regás, Petrobras e mais três empresas demonstram interesse

O Governo do Ceará escolheu o consórcio europeu Stolthaven para operar a amônia verde no píer 2 da Companhia do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp SA).

O anúncio foi dado nesta terça-feira, 9, por Hugo Figueiredo, presidente do Complexo do Pecém.

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Figueiredo informa que agora serão iniciadas as discussões para assinar o contrato. Já a instalação deve ocorrer nos próximos meses e as obras devem começar no início de 2028.

"Vou dar um exemplo: vamos supor que a primeira empresa, a Fortescue, que diz que já vai tomar a decisão final no primeiro semestre do ano que vem, então se Fortescue toma a decisão final de investimento, concomitantemente a operadora da infraestrutura de amônia vai também tomar essa decisão para elas construírem em paralelo às obras de forma que no início de 2028 o nosso Pecém esteja preparado para produzir e exportar amônia".

Em relação às negociações da área de regás, Hugo detalhou que a Petrobras e mais três empresas demonstram interesse para operar o terminal no Pecém, que será escolhida por meio de um processo seletivo no segundo semestre deste ano.

“Inclusive com esses novos leilões aqui de potência previsto para o segundo semestre a nível federal, então existe uma demanda muito grande de gás natural no Ceará da mesma forma que existem empresas interessadas, então o magistério tem que fazer um processo seletivo para identificar o operador”.

A busca pela operação é porque desde janeiro deste ano, após o término do contrato entre o governo do Estado e a Petrobras, o Ceará está sem o navio de regaseificação que ficava no píer 2 do Pecém. Segundo a estatal, a decisão não partiu da empresa.

Com alerta do mercado e dos petroleiros para o combustível limitado no Estado, que demanda 500 mil metros cúbicos (m³) por dia, excluindo a necessidade das termoelétricas, o presidente do Pecém ressalta que “não há nenhum risco do Ceará ficar sem abastecimento de gás natural”.

Com informações do repórter Samuel Pimentel

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