Enquanto mundo discute o futuro, o Brasil segue discutindo o passado, diz Wichmann, da XP

Enquanto o mundo está discutindo o futuro, a inteligência artificial, o Brasil segue discutindo o passado, a política fiscal, afirmou Arthur Wichmann, CIO da XP, durante apresentação do relatório "Onde Investir: 2º Semestre de 2024", elaborado pela equipe da XP Investimentos.

"No Brasil a gente continua discutindo o passado, se o mundo está engajado em inteligência artificial, novos modelos de negócio, etc. A discussão que dominou o primeiro semestre aqui no Brasil e acho que vai dominar o segundo semestre e vai dominar os próximos anos é a política fiscal, é a vulnerabilidade fiscal brasileira. Infelizmente, a gente tem uma política fiscal e isso aí é uma herança bastante antiga que vem da indexação dos gastos definida pela própria Constituição, de 1988", disse.

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Wichmann diz ainda que Brasil está em uma situação fiscal complicada, então os ativos brasileiros precificaram dois grandes prêmios de risco, "um prêmio de risco monetário que começou a surgir cada vez mais com o primeiro dissenso do Copom, aquele dissenso do Copom levou o mercado a questionar um pouco qual seria a função de reação do Banco Central, como é que o Banco Central se comportaria daqui pra frente. O mercado interpretou aquilo bastante mal, e teve primeiro um prêmio monetário que foi diminuído ao longo do tempo, inclusive pela própria última votação do Copom, onde você já teve um consenso", explica.

O CIO da XP afirma ainda que a diminuição da incerteza monetária, após a decisão em consenso da última reunião, voltou a ser superada pela incerteza fiscal. "É uma incerteza que para sobre todos nós, porque o que existe é que o crescimento das despesas obrigatórias coloca o nosso orçamento em trajetória de choque com as metas fiscais definidas pelo próprio arcabouço.", diz.

Outro ponto destacado por Wichmann no primeiro semestre foi a discussão sobre quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) iria iniciar o processo de corte de juros. "O que a gente viu no primeiro semestre foi uma grande discussão sobre o custo de capital no mundo. O que é o custo de capital no mundo? Qual que é a taxa de juros de 10 anos do governo norte-americano? Isso aqui dita preço de ativo no mundo inteiro, isso aqui dita preço de ativo de renda fixa no Brasil", afirma.

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