Cesta básica da Grande Fortaleza registra a maior inflação do Brasil no semestre
Mas, em relação ao mês de maio, o valor dos doze produtos das cesta básica teve deflação de 1,77% em junhoO conjunto dos 12 produtos que integram a cesta básica de Fortaleza apresentou uma inflação de 10,62% no primeiro semestre de 2024, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em junho, o valor do conjunto ficou em R$ 697,33 para o trabalhador fortalezense.
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No acumulado do ano (janeiro a junho), apenas três alimentos sofreram redução no preço: farinha (-5,26%), óleo (-3,24%) e a carne (-1,14%).
Os demais itens apresentaram elevações, com destaque para o tomate (53,53%), o café (25,20%), a banana (16,59%) e o arroz (13,01%).
Entretanto, em comparação com o valor cobrado em maio (R$ 709,90), a cesta na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) teve deflação de 1,77% em junho. No mês, oito dos 12 produtos ficaram mais baratos:
- Farinha: -4,42%
- Tomate: -3,73%
- Feijão: -3,49%
- Banana: -3,35%
- Carne: -2,23%
- Açúcar: -1,53%
- Arroz: -0,92%
- Pão: -0,76%
Já a alta de preços ocorreu no café (10,30%) e no leite (3,20%). Apenas o óleo e a manteiga não registraram alterações no valor.
No Brasil, dez das 17 capitais pesquisadas registraram aumento no custo da cesta básica.
As elevações mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (2,2%), Florianópolis (1,88%) e Curitiba (1,81%).
Por outro lado, as reduções mais expressivas ocorreram em Natal (-6,38%), Recife (-5,75%), João Pessoa (-3,76%) e Aracaju (-3,04%).
A variação anual na RMF foi de 5,47%, o que significa que o preço da cesta básica em junho de 2024 está mais caro do que em junho de 2023 (R$ 661,16).
Cesta básica em Fortaleza: salário mínimo ideal dos brasileiros
O levantamento do Dieese verifica que, ao comparar o custo da cesta com o salário mínimo líquido, o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho de 2024, 53,39% do seu salário para adquirir os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Com base no salário mínimo vigente do País de R$ 1.412, o trabalhador teve que despender 108 horas e 39 minutos de sua jornada de trabalho mensal para a compra da cesta básica.
Além disso, ao considerar uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) o gasto com alimentação foi de R$ 2.091,99.
Em relação a cesta mais cara em junho do País, que foi a de São Paulo (R$ 832,69), o valor necessário para uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44. A quantia é 4,95 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412.
Na lista de maiores valores para as cestas básicas no mês, a posição da capital paulista é seguida por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86).
Já entre entre os menores estão as de: Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
Cesta básica na Grande Fortaleza: balanço de junho
- Valor da cesta: R$ 697,33
- Variação mensal: -1,77%
- Variação em 6 meses: 10,62%
- Variação em 12 meses: 5,47%
- Jornada necessária para comprar a cesta básica: 108 horas e 39 minutos
- Produtos com alta em relação ao mês anterior: café (10,30%) e leite (3,20%)
- Produtos com redução em relação ao mês anterior: farinha (-4,42%), tomate (-3,73%), feijão (-3,49%), banana (-3,35%), carne (-2,23%), açúcar (-1,53%), arroz (-0,92%) e pão (-0,76)
- Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.306,10) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 53,39%
- R$ 6.995,44 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que corresponde a 4,95 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.412,00
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